Presidente do Sindcabasa diz que foi expulsa da prefeitura; Governo nega

A situação envolvendo a denúncia de expulsão acontece cerca de 20 dias após o Sindcabasa ter liderado ato público para decretar estado de greve

A presidente do Sindicato Intermunicipal dos Servidores Públicos Municipais de Barão de Cocais, Catas Altas e Santa Bárbara (Sindcabasa), Rita de Cássia Ribeiro, usou as redes sociais da entidade para fazer uma denúncia contra o secretário Municipal de Educação de Barão de Cocais, Rodinelly Jordane Fonseca Gomes. Ela disse que foi forçada a sair da prefeitura quando se reunia com uma servidora. O fato ocorreu na quinta-feira (28). No mesmo dia, o sindicato soltou uma nota de repúdio contra a ação do representante do Executivo municipal.

Na nota, o Sindcabasa cita que Rita Ribeiro foi expulsa quando tentava sanar dúvidas de uma servidora

O sindicato considerou a atitude do secretário arbitrária e ilegal, sendo que essa atitude também não seria, conforme afirma o sindicato na nota, de competência do gestor da Educação no município, demonstrando assim, estar tomando uma decisão incompatível com o cargo ocupado.

A nota de repúdio diz ainda que a atitude do Secretário fere o artigo 123 da Lei Orgânica Municipal, que permite que a reunião entre servidores e sindicatos aconteça no local de trabalho.

O sindicato destaca na publicação que irá adotar medidas cabíveis para que a situação seja resolvida.

O episódio envolvendo a denúncia de expulsão da representante dos servidores públicos municipais aconteceu cerca de 20 dias após o Sindcabasa ter liderado uma manifestação, com ato público dos servidores para decretar estado de greve. Com o movimento a categoria cobra melhores condições de trabalho, a valorização do serviço público e o fim da terceirização. Rita Ribeiro disse que a pauta de reivindicações já foi entregue para o Executivo, mas ainda não foi dado retorno.

Além da reivindicação de direitos pontuais, os servidores buscam por meio do sindicato a realização de uma audiência pública para estender ao público e autoridades competentes, a discussão da situação dos servidores e serviços públicos ofertados pelo município.

secretário municipal de Educação Rodinelly Gomes (foto), por meio da Assessoria de Imprensa da Prefeitura, negou a acusação feita pela sindicalista. Ele afirma que em nenhum momento forçou a saída da representante dos trabalhadores da prefeitura, mas, entretanto, admitiu ter pedido ela para aguardar antes de ser atendida, uma vez que não havia agendamento previsto com o sindicato na data.

De acordo com o secretário de Educação, Rodinelly Fonseca, o ocorrido na verdade foi um pedido para que a representante do Sindcabasa aguardasse para ser atendida, visto que não havia agendamento para reunião. “Não houve expulsão ou discussão de qualquer tipo”, disse em nota ao Folha Popular.