Marco Antônio assina contrato de R$ 12 milhões com empresa investigada pela Polícia Federal

Contratada pelo governo Marco Antônio, a Brink Mobil está sendo investigada através da operação Calvário

18/6/2023

  • SEM LICITAÇÃO, POR MEIO DE ADESÃO A ATA

O vereador Neidson Dias Freitas (MDB) está reunindo provas para pedir ajuda ao Ministério Público (MP) e ao Tribunal de Contas de Minas Gerais (TC-MG) para apurar a condição da empresa Brink Mobil Equipamentos Educacionais Ltda, contratada pelo governo Marco Antônio Lage (PSB) para fornecer ao Município equipamentos de robóticas sem licitação. Ele mostra isso em vídeo veiculado em redes sociais.

De acordo com o vereador, a empresa assinou contrato com a Prefeitura de Itabira no valor de R$ 12,1 milhões para fornecer kits de robótica para a rede municipal de ensino.
A Brink Mobil, segundo Neidson Freitas, está sendo investigada pela Polícia Federal através da operação Calvário, por suposto envolvimento num esquema de corrupção, que vem lesando várias prefeituras. O esquema já teria desviado cerca de R$ 134 milhões de órgãos públicos do estado da Paraíba.

Enquanto falava, Neidson Freitas exibiu reportagens mostrando a repercussão do esquema.
Segundo ele, as suspeitas de prática de corrupção da empresa já foram divulgadas até mesmo pelo “Fantástico” e foi após ver a notícia que ele decidiu denunciá-la.
“Todo mundo assistiu no “Fantástico” o esquema de corrupção envolvendo empresas que estavam superfaturando kit robótica para as prefeituras e isso é muito assustador”, disse Neidson Freitas.

O vereador contou que fez um levantamento e descobriu que o valor empenhado pela Prefeitura de Itabira totaliza R$ 12.661.169,50, sendo que já foram pagos R$ 11.161.230,16.

Neidson Freitas não acuou a Prefeitura de Itabira de participar do esquema de corrupção, mas advertiu para os riscos das contratações por dispensa de licitação. Ele disse que o procedimento tem se tornado uma marca do governo atual.
Em levantamento feito pelo seu gabinete, Neidson Freitas disse que somando todos os procedimentos por atas de registro de preços, o atual governo já gastou mais de R$ 100 milhões.

Matéria publicada na edição 787 do Folha Popular