Governista defende presídio em Itabira, mas acredita que o problema é outro

Vetão disse que vai apresentar projeto para ser criada a Comissão de Proteção Escolar

  • NÃO PENSA COMO O PREFEITO

Muitas pessoas, inclusive vereadores, acreditam que a retirada do presídio de Itabira é o fator responsável pela explosão da violência na cidade. No entanto, o vereador Weverton Leandro Santos Andrade “Vetão” (PSB), correligionário do prefeito Marco Antônio Lage no Legislativo, acredita que o estopim do problema é outro.

O governista, que antes de ser eleito atuava na causa da criança e do adolescente como conselheiro tutelar, subiu à tribuna da Câmara Municipal no dia 21, e afirmou que o problema da violência é a falta de investimento na base. Mesmo garantindo ser favorável à instalação de um presídio em Itabira, ele deixa claro que não é o presídio que vai resolver o problema da violência na cidade.

“Aqui eu venho ressaltar a necessidade ampla de trabalharmos a prevenção. O presídio é importante. Itabira perde muito por não ter um presídio, mas além dele, nós temos que trabalhar toda a cadeia preventiva do nosso município, que infelizmente está paralisada”, ressaltou.

Para Vetão, se tiver políticas públicas que vão trazer principalmente a garantia de não violação de direito da criança e adolescente, essa criança não vai cometer ato infracional quando chegar na sua adolescência ou na sua fase adulta.

A proposta de Vetão, no momento, é transformar o prédio da antiga cadeia pública na rua Paulo Pereira, próximo do cemitério do Cruzeiro, em um centro de profissionalização do menor em situação de vulnerabilidade social. “Que seja pelo Senai ou por outras instituições de ensino e profissionalização”, defendeu o vereador.

  • Infrações cometidas por menores

342 MENORES INFRATORES

Weverton Vetão aproveitou ainda para demonstrar os índices de violência envolvendo jovens e adolescentes. Em levantamento realizado junto à Delegacia Regional de Polícia Civil de Itabira, no ano de 2021, 186 adolescentes tiveram os seus nomes registrados em boletins de ocorrência de algum ato infracional. Em 2022, outros 156 adolescentes tiveram seus nomes registrados por atos ilícitos.
São 342 menores envolvidos em ocorrências policiais em dois anos.

Matéria publicada na edição 782 do Folha Popular