Festival de Inverno: Governo Marco paga R$ 270 mil para artistas de fora e R$ 6 mil para o de casa

Falta de valorização do artista local foi criticada pelo vereador Luciano Sobrinho na reunião de terça-feira (11) da Câmara

“Está aí comprovado como o secretariado do governo, essa turma de forasteiros, trata o povo da cidade, como se não tivesse valor, nem profissional e nem cultural”

12/7/2023

A admissão de artistas locais na programação do 49º Festival de Inverno Itabira não foi o suficiente para calar a boca do povo. O vereador Luciano Gonçalves “Sobrinho” (MDB) criticou o valor do cachê pago aos shows dos artistas da cidade. Ele comparou o valor recebido pelos artistas locais com os dos artistas renomados. Ele classificou como absurda a discrepância entre os valores pagos aos itabiranos e aos músicos de renome nacional.

Apesar do governo municipal, através da Fundação Cultural, ter admitido um bom percentual de artistas locais na programação do 49º Festival de Inverno de Itabira, para Luciano Sobrinho, a diferença absurda de valores pagos mostra uma clara desvalorização da classe artística da cidade.

“Sem querer criar polêmica, mas os valores estão invertidos aqui na nossa cidade. A Alcione esteve aqui e embolsou R$ 270 mil, enquanto os artistas aqui da cidade ganham R$ 6 mil e ainda tem que se virar com o carreto, com som. Está aí comprovado como o secretariado do governo, essa turma de forasteiro, tratam o povo da cidade, como se não tivesse valor, nem profissional e nem cultural”, disse o vereador ao comentar a mobilização dos artesãos por valorização da classe e apoio ao projeto de lei 67/2023, que institui a Lei de Incentivo ao Artesanato em Itabira.

A fala do vereador vai de encontro principalmente à insatisfação de um grupo de artistas que se manifestou em redes sociais, questionando os critérios de contratações artísticas para a programação. Eles apontaram favorecimento. Apesar de lançar um edital cheio de exigências e de até ter dado oportunidade para um número maior de artistas locais na programação, disseram que a maioria das contratações não chegou a passar pelo processo seletivo.