O prefeito de Itabira, Ronaldo Lage Magalhães (PTB) – foto, informou durante coletiva na manhã desta terça-feira (29) que cumpriu 120% das propostas de governo, protocoladas na Justiça Eleitoral durante a campanha vitoriosa de 2016.
Durante a gestão, 2017/2020, que chega ao fim nesta quinta-feira (31), o gestor ostenta obras e ações vultosas envolvendo asfaltamento de vias urbanas e morros em zonas rurais, acordos com a Vale para ampliação da Unifei e captação de água do rio Tanque, o saneamento das contas públicas, realidade contrária quando assumiu o governo em 2017, que estava com rombo de mais de R$ 146 milhões, a agora, deixa ao sucessor, Marco Antônio Lage (PSB), um saldo em caixa de R$ 150 milhões, valor que paga, com sobra, os financiamentos para obras no Município, empréstimos bastante criticados pela oposição e que, de certa forma, contribuíram para tirar a reeleição de Ronaldo Magalhães no dia 15 de novembro.
Em relação ao Plano de Governo, o Folha Popular pesquisou as 77 propostas apresentadas, das quais, 21 não foram executadas. Entre elas o asfaltamento Ipoema a Senhora do Carmo, o projeto Prefeitura no Bairro, a ampliação e revitalização das câmeras de segurança, revitalização do parque de exposições, transformar o ginásio poliesportivo municipal em Palácio dos Esportes, construir um centro de convenções, planejar a revitalização do tráfego urbano de Itabira entre outras ações.
Ao dizer que cumpriu 120% de seu plano de governo, Ronaldo Magalhães justifica que executou dezenas de ações que não estavam no planejamento. “Sim, executamos 120% se levarmos em conta que realizamos dezenas de obras e ações não apresentadas na campanha de 2016”, diz o prefeito. Boa parte destas ações ilustram uma revista (veja aqui) distribuída logo após a coletiva.
Vida pública: “Em meus 24 anos de vida pública eu me considero um político de vitórias, de sucessos. Eu duvido que algum gestor tenha feito tanto por Itabira até aqui como fiz, com o suporte de uma equipe de excelência. Concluo o mandato com tranquilidade e muita felicidade, por tudo que realizamos”, resumiu Ronaldo Magalhães.
R$ 150 milhões: Ao lado do secretário de Fazenda, Marcos Alvarenga Duarte, de outros secretários e assessores, Ronaldo indicou que além do valor positivo em caixa, há créditos milionários previstos para o ano que vem: R$ 15,5 milhões referentes aos tributos confiscados pelo Estado em 2018; R$ 90 milhões do convênio Vale/Prefeitura/Universidade Federal de Itajubá (obras do Campus do Futuro); e US$ 30 milhões da Vale no acordo estabelecido para a construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) Rio Tanque.
Empenhos, portanto, têm créditos garantidos para pagamento. Na esfera do funcionalismo público, os salários referentes a dezembro serão pagos nesta quarta-feira (30) e não no próximo quinto dia útil, como ocorre mensalmente. O 13º salário foi pago integralmente em novembro.
Anos difíceis: “Em meio a tantos desafios – crise encontrada, o tema das barragens de minério, o confisco de recursos pelo Estado na gestão do governador Fernando Pimentel, a pandemia do novo coronavírus etc – realizamos um trabalho promissor, sério, comprometido com resultados e com a melhoria da vida da população. Entregamos uma Itabira totalmente diferente e melhor do que aquela encontrada no início da gestão”, concluiu o gestor.
Carreira: Ronaldo começou sua trajetória na área pública com cargos decisivos nos governos de Luiz Menezes e Li, a partir da década de 1980. Foi vereador, eleito em 1996, e escolhido presidente da Câmara um ano depois. Em 2000, foi eleito prefeito de Itabira, com gestão marcada por obras como os canais do Praia e Gabiroba e a avenida Mauro Ribeiro.
Ronaldo foi deputado estadual, eleito com quase 50 mil votos em 2006, e secretário adjunto na gestão do governador Antônio Anastasia. Quatro anos atrás, retornou à prefeitura.