Em pouco mais de um mês, um dos trechos mais críticos da BR-381, onde se encontra a Ponte Torta, em João Monlevade, foi local de graves acidentes que resultaram em 22 mortes. O segmento encontra-se sem definições para as obras de duplicação, o que motivou o deputado Tito Torres a requerer informações ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) sobre o andamento do processo para a realização das intervenções, bem como as alternativas que estão sendo estudadas para viabilizá-las e o prazo estimado para início e conclusão.
“Na sexta-feira (15/01), apresentei um requerimento solicitando que o Dnit se manifeste e nos atualize sobre a situação dos processos para a duplicação do trecho entre Nova Era e João Monlevade, onde se encontra a Ponte Torta. Precisamos saber em que ponto está o projeto para este segmento para pressionarmos os órgãos públicos em busca de soluções mais urgentes”, diz o deputado.
Em pouco mais de um mês foram dois episódios, como o que vitimou 18 pessoas com a queda de um ônibus da Ponte Torta, no dia 4 de dezembro de 2020, e de um caminhão que também caiu da referida ponte e ficou submerso no Rio Piracicaba, com quatro vítimas, no dia 13 de janeiro de 2021.
Este segmento requer intervenção urgente, como consta em um estudo feito pelo Instituto de Geociências (IGC) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e que orientou vários pareceres nas audiências públicas que antecederam o início das obras de duplicação da rodovia, em 2014. O levantamento definiu quatro segmentos críticos, sendo o de Nova Era a João Monlevade um deles.
O estudo descreve o trecho de 16 quilômetros entre as duas cidades como excessivamente sinuoso, por concentrar 28 curvas consideradas acentuadas, uma a cada 1.750 metros.