A imprensa mineira e de todo o Brasil dedicou amplo espaço nesta semana para reportagens com informações sobre o Auxílio Moradia, benefício recebido por autoridades brasileiras, desde deputados a juízes e promotores.
Em Minas o jornal Estado de Minas fez extensa matéria na edição de terça-feira, mostrando que a Assembleia Legislativa gastou mais de R$ 2 milhões com o benefício no ano passado, sendo que só em dezembro a despesa foi de R$ 219 mil, o suficiente para pagar 50 dos 77 deputados estaduais, independente de terem ou não imóvel próprio na capital. A lei foi aprovada em fevereiro de 2015, com voto contrário do deputado Raimundo Nonato Barcelos, o Nozinho, do PDT. Dois meses depois a Auxílio Moradia passou de R$ 2.850,00 para R$ 4.377,73.
Nozinho nunca recebeu Auxílio Moradia, já que o primeiro ofício de seu gabinete, datado de 10 de fevereiro de 2015 e dirigido à Mesa Diretora da Assembleia, foi para oficializar sua renúncia ao benefício.
Deputado não votou no aumento do ICMS
Ao contrário do que algumas pessoas erroneamente divulgam na rede social, o Deputado Nozinho não votou em segundo e definitivo turno a favor do projeto que aumentava o ICMS e IPVA em Minas. Em primeiro turno ele votou a favor, mas ao perceber as alterações provocadas com várias emendas, ele decidiu não mais apoiar a proposta de readequação da alíquota de cobrança dos impostos e nem compareceu à reunião que aprovou definitivamente a proposta, ausente que estava da Assembleia ao cumprir agenda para tratar de assuntos de interesse dos municípios da região que representa.
Tanto o voto contra no caso do Auxílio Moradia, bem como o não voto em favor da readequação dos impostos em segunda e definitiva votação dos deputados, pode ser comprovada na documentação da própria Assembleia, como no registro dos órgãos de imprensa à época.