Décio Santos recusa diálogo e serviços públicos podem parar em Barão de Cocais

Prefeito Décio Santos foi reeleito com a promessa de melhorias para o servidor

Subsecretário Leonei Pires articula desprezo do governo em relação ao sindicato dos servidores

Em estado de greve desde o último dia 6, os servidores municipais de Barão de Cocais ameaçam paralisar todos os serviços da Prefeitura por tempo indeterminado. A greve, segundo informou o sindicato Intermunicipal dos Servidores Públicos Municipais de Barão de Cocais, Catas Altas e Santa Bárbara (Sindcabasa), é o último recurso do trabalhador. Entretanto, apesar de já ter feito várias tentativas de negociação com o prefeito Décio Santos (PPS), os representantes dos trabalhadores afirmam que ainda não foram recebidos e nem tiveram qualquer das reivindicações atendidas.

A categoria cobra melhores condições de trabalho, a valorização do serviço público e o fim da terceirização. A pauta de reivindicações já foi entregue para o Executivo, mas ainda não foi dado retorno.

“A prefeitura está cheia de trabalhadores terceirizados causando a precarização dos serviços públicos. Isso prejudica nós servidores e é ruim também para toda população”, ressaltou a presidente do sindicato, Rita Ribeiro.

O estado de greve foi decretado após assembleia realizada pela classe, no último dia 6. Na ocasião, os servidores fizeram uma paralisação e realizaram um ato público em frente a Secretaria Municipal de Saúde de onde saíram em caminhada até a sede da prefeitura. A intenção do sindicato era reunir com Décio Santos para discutir a situação dos servidores, mas foi informado que o ele não se encontrava no gabinete.

Para denunciar o problema e tornar a pauta pública, foi proposta pelos manifestantes a realização de uma audiência pública pela Câmara Municipal. Os vereadores responderam positivamente e o Sindcabasa aguarda apenas a confirmação da data.

Para a representante dos servidores a audiência pública é um canal que vai dar voz ao trabalhador e a população, onde serão denunciadas a ausência do servidor e a deficiência do serviço público. “Já foram enviados três encaminhamentos ao prefeito pedindo uma reunião para discutirmos as condições de trabalho, tentamos negociar as reivindicações e protocolamos incontáveis ofícios e conversamos com os secretários, com o vice-prefeito, participamos de reuniões e votação e nada surtiu efeito”, pontuou a sindicalista.

A audiência pública solicitada à Câmara é o próximo passo antes da greve. Enquanto aguarda uma data, o sindicato segue mobilizando servidores e buscando o apoio da população para a suspensão das atividades públicas.

A reportagem do Folha Popular tentou ouvir o posicionamento da prefeitura por meio de ligação telefônica e mensagem de Whatsapp. O secretário adjunto do Executivo municipal, Leonei Morais Pires respondeu a mensagem dizendo que faria contato posteriormente. Até o fechamento da matéria, ele ainda não tinha se manifestado.