(FOTO) Sessão da Câmara durante aprovação de CPI
A Câmara Municipal de Santa Maria de Itabira nomeou em sua primeira sessão ordinária de 2020, realizada no dia 10 deste mês, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a postura do ex-presidente da gestão 2019, Marcelo Coelho da Fonseca (PDT).
Pesa sobre Marcelo Coelho a denúncia de quebra de decorro parlamentar, que, se confirmada, poderá resultar em perda de mandato.
O pedido foi feito pelo vice-presidente da Mesa Diretora, Danilo Lage (PPS). Em seus argumentos, ele disse que a CPI se faz necessária devido à doação do único carro da Câmara, um GM Chevrolet Spin 2013, para a Prefeitura sem aprovação dos demais vereadores e pior, segundo Danilo Lage, por meio de resolução com indícios de fraude com data de maio de 2019, o qual será o pivô de todo o processo.
Outra informação é de que o ex-presidente usou o veículo oficial da Câmara até o apagar das luzes de sua gestão, vindo a concretizar a doação para a Prefeitura no final do mês de dezembro passado. “Se o carro não era necessário, porque ele não o doou para a Prefeitura nos primeiros meses de seu mandato?”, questionam os vereadores.
“Além de agir para engessar a gestão da nova Mesa Diretora, o que ele fez é fraude, é crime, desrespeitou todos os demais vereadores da Câmara, por isso peço que uma comissão avalie a situação”, diz Danilo Lage.
Outra postura muito criticada é de que a gestão 2019 formatou todos os computadores, deixou contratos essenciais sem devidas renovações e concedeu férias para servidor. O sentimento dos novos membros da Mesa é de que Marcelo Coelho agiu para engessar a gestão 2020, o que, na verdade, reflete é no eleitor.
Conforme o presidente da Câmara, Flágson das Mercês Duarte (PTB), para iniciar o ano legislativo, todos os contratos estão sendo digitados para devidas licitações. Já o Centro de Atenção ao Cidadão (CAC), responsável pela confecção de carteiras de identidade, por pouco não foi extinto devido à falta de veículo para viagens constantes a Itabira e Belo Horizonte. “Em 40 dias já gastamos mais de R$ 1.600 com táxis para deslocamento das atendentes do CAC até Itabira e Belo Horizonte para resolver questões referentes à identidade. Isso prova que a Câmara tem que ter seu veículo próprio, sem contar os deslocamentos cotidianos para questões pertinentes ao Legislativo, que atualmente estão sendo feitos com carro particular”, diz o presidente Flágson Duarte, que anunciou a compra, em breve, de um novo veículo popular para a Câmara.
Fazem parte da CPI, Danilo Lage (PPS), Rodrigo Antônio da Cruz Reis (PPS) e Jair Lino de Carvalho Lage (PPS). A CPI tem prazo de 120 dias para concluir os trabalhos, prorrogáveis por mais 60 dias, mediante liberação do plenário.