Em tempos de redes sociais e aplicativos de mensagens, moradores de Barão de Cocais não pouparam críticas à distribuição de cargos promovida pelo ex-prefeito de Barão de Cocais, Armando Verdolin Brandão, entre 2013/2016.
A informação, rotulada como fake news (notícia falsa), motivou matéria jornalística, com envio de perguntas ao Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura, que, conforme resposta, ilustrou o caso envolvendo a contratação do ex-vereador Lúcio Machado do Carmo para o cargo de diretor escolar, conforme portarias 181/2013 e 075/2015, com salários na época de R$ 2.316,06, R$ 2.504,58 e R$ 2.660,58 em cada um dos três primeiros anos da gestão Armando Verdolin.
As respostas do RH, assinadas pela servidora Luzia Gilca da Cruz, com complementos da Secretaria Municipal de Educação, vão além, informando que o nome de Lúcio Machado não consta nos arquivos da secretaria como diretor em escolas do município na gestão anterior. O fato indica possível contratação fantasma, com servidor recebendo sem prestar o serviço, o que não se comprova até o momento. Outro possível conflito em relação à contratação de Lúcio Machado é de que para atuar como diretor escolar, cargo de comissão que tem livre nomeação do prefeito, o profissional deve possuir formação para o magistério, curso de pedagogia a licenciatura plena ou graduação.
A reportagem falou com Lúcio Machado sobre a denúncia. Em relação à contratação para o cargo de diretor, ele disse que exerceu a função na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Barão de Cocais entre fevereiro de 2013 e maio de 2015, deixando a função após pedir exoneração para se aposentar.
“Sou bacharel em direito, portanto, habilitado para exercer o cargo de diretor a Apae, onde eu fiz de tudo, pois lá eles não têm muita ajuda. Essa informação de que meu nome não consta na quadro de ex-servidor da Educação é estranha, pois tem que ter isso lá, eles estão querendo é pegar no meu pé, é muita perseguição política. Mas quanto ao meu trabalho como diretor na Apae, pode perguntar a pais de alunos e funcionários, fiz o meu melhor”, disse Lúcio Machado, por telefone, na manhã do dia 9 de março.
O ex-vereador foi breve em suas respostas, garantindo não haver nada de irregular em sua contratação como diretor escolar, atuando na Apae.