Bernardo Rosa quer cumprimento da lei municipal que proíbe soltura de fogos com barulho

Vereador cobra mais empatia principalmente dos torcedores de times de futebol

28/11/2024 – O cumprimento da Lei Complementar Municipal nº 5.279/2021, que proíbe a queima de artefatos pirotécnicos de efeitos sonoros em Itabira, foi cobrado pelo vereador Bernardo Rosa (PSB). Na palavra livre da reunião da Câmara Municipal de terça-feira (27), o vereador pediu conscientização, empatia e respeito ao próximo, evitando a soltura dos fogos com estampido. O objetivo é preservar a saúde das pessoas e dos animais que são bastante afetados pelo som provocado pelas explosões.

A manifestação do vereador vem após um time de futebol participar de uma grande competição. Embora seja torcedor e de gostar de comemorar, Bernardo Rosa reconheceu e criticou o excesso nas celebrações da parte de alguns torcedores, ignorando leis e direitos do próximo.

O parlamentar lembrou que a proibição de soltar fogos com barulho é lei em Itabira desde 2021. Entretanto, a Legislação nunca foi cumprida. Para ilustrar os problemas causados pelo barulho dos fogos, Bernardo Rosa exibiu dois vídeos com cenas chocantes.

O primeiro mostra a reação de uma criança com autismo ao barulho dos fogos. No vídeo uma mãe tenta, com dificuldade, conter a crise da filha com autismo. A criança chora e se debate de forma descontrolada devido ao barulho dos fogos

No segundo vídeo, um cão entra em desespero e sofre repetidas convulsões, deixando o tutor impotente diante da reação dele.

Ele disse que várias pessoas ligaram no seu gabinete nesta semana pedindo ajuda para combater o problema na cidade. O vereador ouviu, inclusive, uma sugestão para, enquanto representante do povo, criar dispositivos que proíba a comercialização dos fogos na cidade, já que a lei disciplina a soltura dos fogos não tem efetividade. Bernardo Rosa esclareceu, porém, que não é competência da Câmara a proibição comercial e destacou se tratar mesmo de respeito e empatia.

“Recebi ligações de diversas pessoas, de mães de crianças com autismo, de tutores de animais, mas a fiscalização é muito difícil de ser feita. Eu digo sempre que uma lei, antes de imputar, de ser punitiva, ela é educativa. Então que as pessoas possam comemorar com empatia ao próximo”, pediu o parlamentar.

“A gente não pode achar normal o sofrimento das pessoas. Isso é anormal”

Bernardo Rosa se comprometeu, porém, a solicitar do governo municipal a realização de campanha ostensiva de conscientização, lembrando que no próximo final de semana haverá mais jogos.