Delegado Ângelo Alvares e equipe deram detalhes das ações desencadeadas para a prisão
Um homem, de 42 anos, suspeito de ameaçar e perseguir incessantemente uma jornalista, em Belo Horizonte, foi preso pela Polícia Civil na terça-feira (21/3).
No início do mês, a vítima, a gaúcha Mônica Fonseca, de 29 anos, que trabalha na RecordTV Minas e apresenta o quadro ‘A Hora da Venenosa’ no programa ‘Balanço Geral, procurou a 1ª Delegacia Especializada de Investigação de Crimes Cibernéticos (DEICC) – do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes (Deccof) – e relatou que desde o final do ano passado estava sendo perseguida pelo homem tanto nas redes sociais quanto em locais que costumava frequentar.
Com a instauração do inquérito policial, o suspeito foi rapidamente identificado. Na terça-feira a vítima voltou a procurar a Polícia Civil e notificou que havia visto o investigado ao sair do local de trabalho.
Imediatamente, uma equipe da polícia compareceu ao endereço, mas ele não foi localizado em um primeiro momento. No local, os policiais apreenderam uma carta, deixada por ele em um restaurante frequentado pela vítima, com várias passagens em tom de ameaça, tais como “de repente faço as coisas sem pensar”; “a minha cabeça não pensa mais, só te quero!”; “se quiser te pego toda”; e “agora tenho que fazer carnificina”.
Após a equipe policial deixar o local, o suspeito apagou algumas das mensagens nas redes sociais que teria acabado de mandar para a vítima e ainda publicou: “Que isso, perdendo seu tempo precioso”. Cerca de duas horas depois, a mulher novamente comunicou que o investigado voltou a esperá-la no trabalho.
Prisão: o delegado Ângelo Ramalho Alvares, responsável pelas investigações, detalha as ações desencadeadas pela Polícia Civil para a prisão. “Sendo assim, imediatamente os policiais voltaram ao local e conseguiram prender o suspeito em flagrante. Em poder dele, foram encontrados uma rosa e chocolates que seriam para a vítima”, diz.
Segundo o suspeito, ele estaria apaixonado pela vítima e queria casar com ela. “Infelizmente, alguns casos de perseguição podem evoluir para outros crimes muito mais graves, como lesão corporal, estupro e homicídio. A Polícia Civil, atenta a esse cenário, conseguiu rapidamente interceder e restabelecer a tranquilidade da vítima”, observa o delegado Ângelo Ramalho.
O homem, que já se envolveu em vários episódios de perseguição, foi autuado pelo crime de ameaça, dentro de um contexto de perseguição, com aumento de pena por ter sido praticada contra mulher, por razões da condição de sexo feminino.
- Com informações da Polícia Civil