Investigadores e delegadas responsáveis pelo caso
A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu preventivamente, nessa quarta-feira (5/10), um homem, de 59 anos, suspeito de estuprar um menino, de 11, em Contagem. O investigado é professor de taekwondo da vítima, que fazia as aulas em uma academia localizada no bairro Eldorado, onde os abusos foram registrados.
Além da prisão, a equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Contagem cumpriu dois mandados de busca e apreensão no local, recolhendo um celular e computadores.
As investigações tiveram início no dia 29 de agosto, a partir da denúncia do pai do menino, que recebeu informações em um grupo de aplicativo de mensagens dando conta de que o suspeito já havia sido condenado em primeira instância, em outro estado, pelo mesmo crime, também na condição de instrutor de artes marciais.
O pai então questionou a criança sobre possíveis abusos, e o menino, após chorar bastante, confirmou ter sido molestado. Imediatamente, a Polícia Civil procedeu à escuta especializada do menino, que detalhou todos fatos.
- Outras vítimas
De acordo com a delegada Mellina Isabel Silva Clemente, responsável pelo caso, o investigado percebeu que a criança deseja alcançar outra faixa no esporte e, assim, tentou instiga-la a manter relações sexuais com ele sob o pretexto de que o processo seria facilitado. “Ao ser ouvido pela psicóloga da Deam, a vítima disse que negou esse acordo, mas mesmo assim o suspeito a abusou dentro da academia”, revelou. “Por essa circunstância, a Polícia Civil não descarta a possibilidade de haver outras vítimas do suspeito, e os responsáveis legais devem entrar em contato com a unidade especializada imediatamente para a adoção das medidas cabíveis”, completou.
Nesse sentido, a delegada regional em Contagem, Elisa Moreira Caetano Ribeiro de Lima, ressalta que os pais devem estar sempre atentos às mudanças comportamentais de seus filhos. “Além de cumprir com sua missão jurídico-penal, a Polícia Civil tem também a função de sensibilização familiar, para que outras vítimas possam se sentir seguras para comparecer à Deam e proceder á denúncia”, pontuou Lima, ao esclarecer que a unidade conta com uma psicóloga para conduzir a escuta de crianças e adolescentes, de modo a resguardar a vulnerabilidade delas e evitar a revitimização.
PC/MG