Polícia Civil prende e indicia dupla por roubo de joias avaliadas em R$ 500 mil

Segundo o delegado Gustavo Barletta, a vítima foi abordada cerca de dez minutos após sair do banco
30/04/2025 – Após intensas investigações e de monitoramento de alvos, a Polícia Civil concluiu, com a prisão de dois suspeitos, de 30 e 32 anos, o inquérito que apurou um roubo de joias avaliadas em R$ 500 mil em Belo Horizonte. Os levantamentos indicam que a dupla é especializada no crime de saidinha de banco e empregou a mesma prática na ação investigada.
O crime ocorreu em maio de 2024, no bairro Floresta. Na ocasião, a vítima, representante de uma empresa do estado do Mato Grosso que havia arrematado dois lotes de joias de um leilão virtual promovido por uma agência bancária, estava na capital mineira para fazer a retirada dos itens.
Segundo o delegado Gustavo Barletta, titular da 2ª Delegacia Especializada em Investigação e Repressão ao Furto e Roubo, vinculada ao Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), a vítima foi abordada enquanto caminhava pela rua Itajubá, cerca de dez minutos após sair do banco, e teve a mochila com as joias roubada.
Dinâmica do crime
O delegado revela que a dupla entrou na agência bancária, se passando por cliente – inclusive simulou uma penhora de joias que havia levado -, e começou a conversar com o representante da empresa mato-grossense, questionando o motivo de ele estar ali, se estava sozinho.
“Segundo a vítima, ela tentou desbaratinar, não passando algumas informações, mas, no momento em que foi fazer a retirada das joias no guichê, um dos suspeitos também foi chamado para ser atendido, e todo o material que ia ser retirado pela vítima foi colocado na frente do ladrão”, detalha Barletta, ao informar que, logo em seguida, houve o roubo.
De acordo com o delegado, foi levantado que os investigados já haviam repetido a ação de análise de possíveis vítimas em outras oportunidades. “Mas não efetuaram a prática criminosa exatamente porque acharam valores baixos, e, muitas vezes, as pessoas estavam ali apenas para penhorar as suas joias”, pontua.
Crimes reiterados
Conforme levantado, os investigados já possuem histórico de crimes contra o patrimônio, sobretudo saidinha de banco e roubo a residências, entre outros delitos. “Embora a saidinha de banco seja uma modalidade criminosa que está em declínio, porque as pessoas não sacam mais tanto dinheiro e as agências tomaram cuidados com segurança, os criminosos migram, como foi feito nessa empreitada”, observa Gustavo Barletta.
O delegado completa: “foi exatamente o modus operandi que eles usavam na saidinha de banco, mas, desta vez, foram mais audaciosos. Eles mesmos foram à agência para monitoramento das pessoas que lá estavam e fizeram a abordagem à vítima [tarefas antes divididas com outros comparsas]”.
Prisões
Um dos alvos da investigação foi preso pela PCMG, no bairro Paquetá, região da Pampulha, na capital, em dezembro de 2024, quando estava dirigindo um veículo de luxo, no valor de R$ 130 mil, que foi apreendido. O segundo teve o mandado de prisão cumprido na última semana, no bairro Alto Vera Cruz, região Leste de Belo Horizonte, quando os policiais civis ainda apreenderam outro automóvel avaliado em R$ 70 mil.
O inquérito policial foi concluído com o indiciamento dos suspeitos pelo crime de roubo.