Seis pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil, em Ponte Nova, suspeitos de formarem uma associação criminosa envolvida na prática do “golpe das etiquetas”. O prejuízo causado pelo grupo é estimado em quase R$ 500 mil.
- Entenda o golpe
A Polícia Civil apurou que um receptador solicitava à líder do grupo, residente em Barra do Corda, no estado do Maranhão, um código de postagem de encomenda, com CEPs do remetente e do destinatário, o qual era impresso e chamado de “etiqueta” pelos investigados.
A líder agia como intermediária e repassava aos seus comparsas em Ponte Nova a solicitação dos “clientes”, que então, utilizando CPFs falsos, ou obtidos em sites de concursos públicos, entre outros, se cadastravam nas plataformas de vendas e-commerce como vendedores e com outros CPFs como compradores, comprando simuladamente produtos de pequeno valor e peso.
Ao concretizar a simulação da venda, a plataforma de vendas gera uma “etiqueta”, um código de postagem que autoriza o vendedor a postar o produto da venda nos correios, sendo o custo desse transporte calculado pelos dados da venda fictícia na qual comprador e vendedor estão na mesma localidade, sendo o pagamento do envio efetuado pela plataforma.
Contudo, por uma falha do sistema, após gerada a etiqueta, os investigados adulteravam o nome e CEP do remetente e do destinatário, e as vendiam na internet para que os receptadores postassem encomendas nos correios e/ou transportadoras, pagando menos pelos fretes.
Os investigados ganhavam em média R$ 10 por etiqueta gerada, tendo em 77 dias a líder do grupo movimentado o valor de pouco menos de R$ 500 mil.