Os dados foram apresentados nesta terça-feira (12)
12/12/2023 – A Superintendência da Polícia Civil, através do 12º Departamento de Ipatinga, divulgou, nesta terça-feira (12), dados estatísticos referentes à violência doméstica e familiar contra a mulher. Os dados apresentam uma comparação entre os anos de 2020 e 2023.
De acordo com os números, Itabira apresentou uma pequena queda nos índices entre os dois últimos anos.
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A divulgação do Departamento de Polícia inclui dados das três maiores cidades do Vale do Aço (Ipatinga, Cel. Fabriciano e Timóteo), assim como em todas as sedes de regionais, que, além de Itabira, incluem as cidades de Caratinga, Manhuaçu, Ponte Nova, João Monlevade e Ipatinga.
De acordo com os gráficos apresentados, em Itabira este ano foram registrados 845 casos de violência doméstica contra a mulher, cinco a menos do que em 2022. Embora ainda preocupante, os dados vêm diminuindo nos últimos quatro anos. Em 2021 foram registradas 952 ocorrências e em 2020, foram 962. A média de denúncias é de 2,7 diariamente.
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Segundo os dados estatísticos, 14,20 mulheres, em uma população média de 59.470 sofreram algum tipo de agressão no decorrer de 2023 em Itabira. Em 2022, o índice foi ainda maior (14,29%). Em 2021 foram 16,00 e 2020 16,17.
Os meses de março e outubro ficaram marcados como os mais violentos, com 88 casos registrados.
O levantamento da Polícia Civil considera como agressão desde as perturbações psicológicas à lesões corporais. Dos casos registrados, 137 chegaram às vias de fato.
De acordo com o levantamento foram registrados ainda 258 ameaças, 189 lesões corporais, 7 psicológica, 27 danos, 72 descumprimentos de medida protetiva, 25 furtos e outros casos somaram 130 registros.
As mulheres pardas lideram as estatísticas. Num total de 843 registros, 433 casos foram contra mulheres pardas. Segundo aponta o levantamento policial, as negras ocupam o segundo maior índice no mapa da violência contra a mulher, somando nestes 11 meses de 2023 165 casos. A mulher branca também não ficou fora da estatística, embora seja um pouco menos incidente, com 95 registros. Outros 150 não mostram a cor ou raça das vítimas.
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Outro fato que assusta é a proximidade dos agressores com as vítimas. A maior parte das agressões foram provocadas por cônjuge ou ex-cônjuge (291). Pais e responsáveis também se destacam na lista dos agressores com 86 casos, só perdendo para irmãos, 87 e filhos e enteados.
Para o chefe do 12º Departamento de Polícia de Ipatinga, Delegado Geral Gilmaro Alves Ferreira, “é importante a divulgação dos dados, abrindo sempre a discussão sobre a diversidade e a violência no âmbito social. Busca-se constantemente envolver a sociedade no combate a qualquer forma de violência doméstica e familiar contra a mulher, algo que a sociedade não pode tolerar, mesmo que de forma inconsciente. Precisamos apoiar e expandir as políticas públicas, programas e estratégias que promovam a igualdade de gênero nas normas, atitudes e, principalmente, nos comportamentos sociais”.