Eurípedes Fernandes foi agredido de forma covarde no Centro de São Sebastião do Rio Preto
- 15/6/2023
Dois comerciantes donos de um lava jato em São Sebastião do Rio Preto agrediram um jornalista fotográfico em retaliação a penalidades sofridas por eles, depois de terem sido denunciados à fiscalização ambiental por irregularidades na empresa de limpeza automotiva. Os comerciantes admitiram o ataque e sua motivação, apesar de não terem certeza sobre a identidade do denunciante.
Câmera completa e flash avaliados em R$ 6 mil foram totalmente destruídos
Além de sofrer várias lesões na região da cabeça, o fotografo teve um dente frontal quebrado e seu equipamento de trabalho totalmente destruído.
O fato aconteceu nesta quarta-feira (14), por volta das 11h20, na região central da cidade.
A vítima, Eurípedes de Almeida Fernandes (foto), presta serviço o Folha Popular e é conhecido na cidade por apontar e denunciar irregularidades relacionadas à Administração Pública Municipal, o que tem gerado muita insatisfação entre os envolvidos e inimizades na cidade.
Ele relatou à Polícia Militar que recebe por produção, que no momento do ataque ele estava no local para usar o sinal wi-fi da Prefeitura, e que não tinha nenhuma intenção de fotografar os agressores.
O fotógrafo foi atacado, conforme relatou, ao passar caminhando numa rua central da cidade. Ele disse que primeiro foi surpreendido por um dos acusados que apareceu de repente de moto e desembarcou gritando palavras de ameaça. Depois de dizer “vou te ensinar a virar homem. Você está tirando fotos de mim”, o homem tirou o capacete e começou bater na cabeça da vítima.
Para se defender dos golpes, Eurípedes Fernandes levantou os braços e o capacete usado como arma pelo agressor acertou a máquina fotográfica. Com as pancadas recebidas, ele sofreu lesões na cabeça e ainda teve o dente quebrado.
Pedaços do flash também destruído pelos agressores
No meio da agressão, um outro homem que estava conversando com o agressor ao avistar Eurípedes, entrou na briga e avisou que agora eram dois. Ele já chegou tomando a câmera fotográfica da mão da vítima e jogou no chão, espatifando-a em vários pedaços.
Mesmo apanhando de dois homens, a vítima disse que em nenhum momento revidou as agressões. Apenas se defendeu para evitar sofrer uma lesão mais grave.
Na tentativa de acalmá-los, ele contou que ainda tentou argumentar em vão, explicando que prestava serviço para o jornal Folha Popular e que não tinha feito nenhuma denúncia contra eles ou que estava fazendo fotos deles.
Conforme disse, ele ainda explicou que sua única intenção no momento, era usar o sinal wi-fi da Prefeitura, uma vez que recebe por produção. Após o ocorrido, ele procurou assistência médica e de posse do laudo médico procurou a Polícia Militar para denunciar a violência sofrida.
Diante dos fatos relatados, os dois criminosos foram levados para o Quartel da PM na cidade, onde foram ouvidos sobre as circunstâncias e acontecimentos e liberados depois de assinar um termo policial se comprometendo a comparecer em audiência judicial, na Comarca de Conceição do Mato Dentro, assim que forem intimados.
Ao se defender, um dos envolvidos deixou claro que foi motivado pela desconfiança e raiva. Ele contou que recentemente abriu um lava jato na cidade, mas que estava impedido de trabalhar por causa de uma denúncia anônima feita contra o estabelecimento comercial. O agressor disse que achava que o responsável pela denúncia era a vítima em questão.
Já o outro, mesmo tendo ameaçado de entrar na briga, afirmou que não bateu na vítima, entretanto, ele admitiu que jogou a máquina fotográfica no chão por medo da vítima usá-la para revidar a agressão cometida por seu colega. Ele afirmou, porém, que a máquina já estava quebrada quando ele fez isso.