Aparelhada e sucateada, este é a atual situação da Itaurb
- Objetivo era promover o prefeito Marco Lage
07/07/2024 – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) já mostrou vários indícios de que o ex-diretor-presidente da Empresa de Desenvolvimento de Itabira (Itaurb), Amilson Flávio Nunes, mentiu aos vereadores e à imprensa sobre a situação contábil da empresa pública controlada pelo Governo Municipal.
Agora, sabe-se que o ex-presidente mentiu também em depoimento à CPI.
A conclusão está no relatório produzido pela GRM Consultores Associados, empresa contratada pela Câmara para auxiliar a CPI. As provas vêm de documentos retirados do Portal da Transparência, uma vez que a Itaurb não repassou os documentos e arquivos solicitados para tentar impedir a investigação.
Na prestação de contas, em fevereiro de 2022, diretor mentiu para a imprensa informando que as contas estavam saneadas
Rombo financeiro aumentou no atual governo
O ‘blefe’ do ex-presidente tem como base ano de 2021, quando a Itaurb, contrário do que foi declarado, não pagou nenhum centavo das dívidas, não obteve lucros e ainda aumentou o rombo financeiro da empresa. Na ocasião Amilson Nunes afirmou, com o auxílio de imagens em slides, um crescimento de 23% no faturamento, na comparação do último quadrimestre de 2020 e 2021. Tendo faturado, segundo ele, R$ 13,2 milhões sobre os R$ 10,6 do comparando igual período de 2020 e 2021.
Dívida saltou de R$ 22 para R$ 36 milhões
Contradizendo o que foi declarado, o Balanço Patrimonial da empresa informa que o prejuízo acumulado da Itaurb em 31 de dezembro de 2021, era de R$ 47.083 milhões. E o mais grave; o rombo tem aumentado ano após.
De acordo com o relatório da CPI, em dezembro de 2019, o gráfico na página da Transparência mostra que as obrigações tributárias em atraso eram de R$ 22,4. Em dezembro de 2023 saltou para R$ 36 milhões.
Todas as informações apuradas pela CPI serão encaminhadas ao Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado.