Crime bárbaro em Santo Antônio completa 19 meses sem identificação de assassinos

FOTO: Crime bárbaro provocou passeata pelas ruas da cidade

O roubo, com emprego de tortura, perfurações a faca e morte, “crime de latrocínio”, de Maria de Lourdes Cardiais, 58 anos, e Uandresson Cardiais, 39), mãe e filho, na localidade de Jardim, zona rural de Santo Antônio do Rio Abaixo, cidade com 1.765 moradores, no dia 17 de junho de 2018, completa 19 meses sem identificação dos autores.

As investigações tiveram início logo após o crime, por meio da Polícia Civil de Conceição do Mato Dentro, comarca responsável por questões jurídicas de Santo Antônio do Rio Abaixo.

Distante a 60 quilômetros, passando por Morro do Pilar, a Polícia Civil não passa detalhes sobre as investigações, segundo o delegado responsável, Rodrigo Manhães de Oliveira, para não prejudicar os trabalhos dos peritos que já duram 19 meses.

Cinco dias após o crime bárbaro, que chocou toda a região, moradores, com cartazes, balões e apitos, fizeram passeata pelas ruas da cidade, cobrando identificação imediata dos autores e mais segurança na região rural, que se tornou alvo fácil para os bandidos.

O protesto, realizado na sexta-feira, 22 de junho, reuniu cerca de 400 moradores.

Após a passeata pacífica, os manifestantes se reuniram no adro da Igreja Matriz de Santo Antônio, onde foi proposto um minuto de silêncio em favor das vítimas e logo após, orações.

Pelas informações colhidas pela reportagem durante a manifestação, Maria de Lourdes e Uandresson foram mortos no domingo (17), mas os corpos só foram descobertos na terça (19), por uma irmã da vítima, que mora próximo e sentiu falta dos dois e foi até a casa saber o que havia acontecido. Esta pessoa, ao chegar à casa, viu manchas de sangue próximo à porta, que estava trancada. Através de uma fenda na janela, a irmã de Maria de Lourdes filmou o interior da casa com um celular, foi quando viu os dois corpos caídos na sala. Segundo relatos, mãe e filho foram arrancados de um quarto, possivelmente usado para se esconderem dos bandidos, que arrombaram a porta e os tiraram de lá, os levando para a sala. Segundo testemunhas, o rosto de Uandresson ficou desfigurado com as agressões.