Delegados detalharam o caso em coletiva
A Polícia Civil de Belo Horizonte realizou na tarde de sexta-feira (25) uma coletiva para fornecer detalhes sobre a prisão e condenação de um indivíduo envolvido em múltiplos casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes.
A delegada Thais Degani, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), detalhou o caso, que se iniciou em 2016 e teve o inquérito relatado naquele mesmo ano. Segundo Degani, o procedimento investigativo foi instaurado após a ocorrência de estupro de vulnerável contra cinco vítimas, todas do sexo masculino e deficientes visuais, com idades entre dez e 13 anos à época dos crimes. Na ocasião, o condenado era supervisor de uma escola para deficientes visuais e foi indiciado por estupro de vulnerável.
A chefe do Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam), delegada-geral Carolina Bechelany, reforçou o compromisso da Polícia Civil em lidar com prioridade contra esse tipo de crime. “Mesmo que o suspeito estivesse foragido há três anos, como ocorreu no caso, fomos incansáveis e chegamos a ele e o colocamos à disposição da Justiça”, destacou.
A chefe da Divisão Especializada em Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), delegada Renata Ribeiro, atenta para a importância da orientação das crianças sobre a proteção de seus corpos e a necessidade de criar um ambiente onde elas se sintam à vontade para relatar qualquer situação desconfortável. “Uma criança bem orientada é uma criança protegida, por isso devemos procurar capacitar as crianças a entenderem e comunicarem seus sentimentos”, alertou.
- Condenação
Evandro Radaelli, também delegado da Depca, acrescentou detalhes relevantes sobre a prisão do indivíduo. O mandado de prisão do acusado foi emitido em 2020, após ser condenado a 43 anos, seis meses e dez dias de reclusão em regime inicialmente fechado. Evandro elogiou o empenho da equipe policial da Depca em rastrear o homem, que estava fugindo da Justiça desde a expedição do mandado de prisão. “Vale destacar que essa prisão foi resultado de um trabalho conjunto da Polícia Civil de Minas Gerais e da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal”, completou Evandro.
Ainda segundo o delegado, o homem havia sido temporariamente preso em 2016 durante as investigações, porém, foi posteriormente liberado. O indivíduo possuía uma loja de doces no Bairro Jardim Felicidade, na região norte de Belo Horizonte, como fonte de sustento, contudo, mudava frequentemente de endereço para evitar ser localizado pelas autoridades.
“A prisão desse indivíduo representa um marco significativo no esforço contínuo da Polícia Civil de Minas Gerais em combater crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes. A instituição reitera seu compromisso de garantir a segurança e proteção das vítimas, além de buscar ativamente a justiça para esses casos”, finalizou a delegada Carolina Bechelany.