Acusação de racismo institucional contra a Polícia Militar de Minas gerou divergências entre parlamentares
Queixas com relação à atuação da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) durante o carnaval de Belo Horizonte e divergências com relação às competências das comissões parlamentares foram os principais motivos de polêmica durante a Reunião Ordinária de Plenário desta quarta-feira (11), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
O debate surgiu a partir de uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos, nessa mesma quarta-feira, para discutir a atuação dos órgãos públicos durante o carnaval da Capital. Participantes da reunião se queixaram de abordagens abusivas da Polícia Militar e de restrições aos carros de som adotados pelos blocos carnavalescos.
O deputado Sargento Rodrigues (PTB) afirmou que a liberação de trios elétricos é um tema relacionado às Comissões de Segurança Pública e de Transporte, não sendo competência da Comissão de Direitos Humanos. Ele também repudiou um pronunciamento da defensora pública Júnia Roman Carvalho, que durante a audiência pública teria atribuído à Polícia Militar uma postura de “racismo institucional”.
“Não dá para fazer um ataque a toda a instituição. Deslizes acontecem em todas as instituições, mas devem ser tratados individualmente”, criticou o deputado Sargento Rodrigues. A atuação da Polícia Militar também foi defendida pelos deputados Coronel Sandro e Bruno Engler, ambos do PSL.