André Viana culpa o município pela falha na assistência hospitalar ao cliente de planos de saúde em geral
26/07/2024 – Depois de se reunir com a direção do Pasa no Rio de Janeiro na manhã desta sexta-feira (26), André Viana Madeira, presidente do Sindicato Metabase de Itabira retornou com boas notícias para os trabalhadores, aposentados e pensionistas da Vale. Ele afirmou que apesar de estar passando por reformulação, Minas Gerais não está nos planejamentos de corte de credenciamento nos planos de Saúde Pasa e AMS. Para Itabira, o plano trará até avanço no atendimento.
“Em Itabira já temos programado para o mês de agosto uma reformulação completa da Clínica Pasa que passará a contar com oito especialidades de atendimento além de realização de exames e procedimentos médicos não emergenciais”, informou o sindicalista.
Ele confirma o que o diretor Regional em Itabira, Adilson Feliciano, disse logo após receber comissão do Hospital Horizonte, que de acordo com ele, veio trazer novidade sobre uma melhoria da clínica Passa em Itabira que passa a contar com especialistas como ginecologista, mastologista, endocrinologista, ortopedia, pediatria e até oncologista. Também oferecerá exames especializados como holter, mapa, ecocardiograma, ecodoppler, raio x.
André Viana afirmou que a implantação dos serviços no Pasa visa desafogar os hospitais da cidade e diminuir o tempo de espera do segurado por um procedimento na cidade.
O presidente do Metabase negou inclusive o possível descredenciamento pelo Pasa dos hospitais Mater Dei e do Madre Tereza em Belo Horizonte, muito utilizados pelos itabiranos. “Esta informação não procede. O conselho deliberativo do Pasa não tem esta pauta para Minas Gerais” afirmou André Viana ao ser questionado por boatos já manifestados por usuários nas redes sociais.
André Viana culpa o município pela falha na assistência hospitalar ao cliente de planos de saúde em geral. Para ele, a transferência do Hospital Carlos Chagas para atendimento 100% SUS além de tirar do cidadão que paga caro por um plano, o direito a uma assistência hospitalar na cidade, restringiu um atendimento de maior qualidade ao paciente da rede pública.
Na avaliação do sindicalista, o atendimento híbrido como era antes e como acontece no Hospital Madre Teresa em Belo Horizonte, é uma maneira de colaborar com a assistência da saúde pública.
“Não podemos jamais esquecer da malfadada decisão no passado de permitir a transferência do hospital Carlos Chagas totalmente para o SUS sem se pensar como ficaria a rede privada de atendimento. Esta malfadada decisão foi anuída pela gestão pública municipal na época com a chancela e orientação do Ministério Público Estadual. Hoje os itabiranos que ainda possuem um plano de saúde, quando precisam de atendimento hospitalar tem que ir para Belo Horizonte. Importante frisar que os usuários do SUS merecem todo bom atendimento e atenção e que os hospitais poderiam inclusive utilizar os recursos privados dos planos de saúde para melhorar o atendimento SUS. O problema que os consumidores que pagam caro pelos planos de saúde não estão tendo em Itabira um atendimento a contento”.
Por outro lado, pondera, reconhecendo que a saúde privada está em crise em todo o país. Os altos preços, a inflação e a omissão da própria instituição governamental, Agência Nacional de Saúde (Anvisa), estão inviabilizando a sustentação dos serviços pelos hospitais e operadoras de planos de saúde.
“Todos os planos de saúde particulares do Brasil têm passado por desafios desde que a saúde virou um “Business Bilionário”. Não é diferente no plano Pasa que também administra o AMS dos empregados ativos da Vale”, disse afirmando que para o sindicato, entretanto, essa é uma questão inegociável.
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