O projeto de mecanização e transporte agropecuário, conhecido como Patrulha Agrícola, volta a funcionar a partir de segunda-feira (9) em Itabira. Reativado pela Prefeitura em parceria com a Associação dos Produtores da Agricultura Familiar de Itabira (Apafi), a ação vai auxiliar os pequenos produtores rurais, além de fomentar o agronegócio no município. A solenidade que marcou a retomada do programa aconteceu na tarde desta sexta-feira (6), em frente à quadra de esportes do distrito de Ipoema.
Entre as autoridades presentes estavam o prefeito Marco Antônio Lage; o deputado estadual Bernardo Mucida Oliveira; os vereadores Carlos Henrique de Oliveira e Carlos Henrique da Silva; os administradores distritais Artur Henrique Matias Figueiredo (Ipoema) e Virgílio Henrique Pirani Gazire (Senhora do Carmo); o presidente do Sindicato Rural, Evando Avelar; o vice-presidente da Apafi, Antônio Pedro; e secretários municipais.
Alguns equipamentos do programa são da própria Prefeitura: quatro tratores agrícolas traçados e equipados com grades, arados, plantadeiras e distribuidores de calcário; e dois caminhões que serão utilizados no transporte de insumos. Outros foram locados por meio de licitação: três retroescavadeiras de porte médio e duas caminhonetes para servirem de apoio. O custo por hora ou por quilômetro rodado é subsidiado pela Prefeitura.
“O Município oferece esse serviço com um preço bem abaixo do mercado porque é voltado para o agricultor familiar que normalmente tem uma capacidade financeira mais restrita. Em alguns casos, ele pagará metade do preço de mercado. Esse valor gera um fluxo para retroalimentar o sistema e, no próximo ano, continuar funcionando. Também colocamos um limite de horas para atender quem realmente precisa: no caso de tratores agrícolas, são 8h por produtor; já as retroescavadeiras, são 10h por produtor”, explicou o secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Mauro Lúcio Ferreira.
Neste primeiro momento, a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (SMAA) recebeu 260 cadastros. A previsão é de que, no total, sejam atendidos 350 produtores rurais. “A partir de segunda-feira, as máquinas começam a ir para as propriedades e a executar seus primeiros trabalhos. Avaliaremos este primeiro mês de funcionamento, verificaremos como está a progressão do trabalho e a procura de pessoas que ainda não se cadastraram. Acreditamos que haverá um segundo momento no qual reabriremos o cadastro para aqueles que ainda não foram contemplados”, acrescentou o secretário.
Em nome da Apafi, a tesoureira Maria Aparecida de Freitas agradeceu a todos pelo apoio oferecido aos pequenos agricultores. “É uma honra para nós receber este maquinário. Isso vai ajudar todos os pequenos produtores da agricultura familiar. É uma oportunidade que todos os produtores terão, não somente da Apafi, e será uma ajuda muito grande”, disse.
O deputado Bernardo Mucida afirmou as máquinas simbolizam a atenção do governo municipal com o produtor rural. “Temos o desafio de transformar nossa cidade, para que tenha uma economia diversificada e sustentável. Para isso, precisa de investimentos. Retomar a Patrulha Agrícola é um passo importante, porque o agronegócio precisa ser incorporado à nossa economia como atividade capaz de gerar renda, emprego, atrair divisas, de fazer com que nossos produtos e produtores sejam valorizados. Temos potencial para isso, um território grande, pessoas com vontade de fazer e precisam desse apoio da Prefeitura. Desejo que este programa nunca mais seja interrompido”, enfatizou.
Já o prefeito Marco Antônio Lage falou sobre os desafios quanto ao desenvolvimento do agronegócio em Itabira e região. “A Patrulha Agrícola é a base, pois precisamos das máquinas agrícolas para apoiar o produtor rural nessa grande dificuldade. Sete meses após o início do governo, a Patrulha Agrícola foi colocada de pé, iniciando-se um grande projeto para o agronegócio na nossa cidade. Temos a monocultura de braquiária e, em nossa região, há muitas outras oportunidades além desta da criação de gado que faz parte da nossa vocação. Aqui perto já existe a produção de azeitonas, cachaça qualificada e banana. Para que o futuro seja construído, precisamos plantar a semente agora. Precisamos dar opções, incentivo e formação aos produtores para aumentar a renda, o emprego e fixar o homem no campo”, concluiu.