No mês de maio, Minas Gerais completou 120 dias de imunização contra a Covid-19. Em números gerais, do dia 23 de janeiro até o último mês, foram enviadas ao Estado pelo Ministério da Saúde 9.619.984 doses das vacinas Coronavac, AstraZeneca-Oxford e Pfizer-BioNTech. Deste total, 8.938.539 foram distribuídas pelas gerências regionais de saúde (GRSs) aos 853 municípios para a imunização dos grupos prioritários, entre eles os profissionais de saúde, idosos, agentes de segurança e agora, gestantes e puérperas com comorbidades.
Os dados estão no portal do ministério “coronavirus.saude.mg .gov.br/vacinometro”.
Conforme a pesquisa no endereço eletrônico, 4.118.978 pessoas no estado já receberam a primeira dose e 2,2 milhões a segunda. Se for considerada a população, estimada de 21 milhões de mineiros, e o números de vacinados, o estado já imunizou 20,2% da população com a primeira dose e 10,5% com a segunda dose.
Nesse ritmo, aliado à escassez de vacina, Minas Gerais não deve alcançar 50% da população vacinada com a segunda dose até o fim deste ano, como aponta um levantamento publicado recentemente.
Veja dados da microrregião em box
Em nível nacional, o Brasil imunizou com a aplicação da primeira dose 39,2 milhões de pessoas, o equivalente e 18% da população. Já com a segunda dose, foram imunizados, completamente, pouco mais de 18,5 milhões de pessoas, ou 8,7% da população, estimada em 211 milhões de habitantes.
No Brasil, a maioria dos vacinados são mulheres (59%) e a faixa etária que mais recebeu doses foi a de 65 a 69 anos (9,7 milhões). Trabalhadores da saúde receberam 11,5 milhões de doses.
O estado que mais vacinou é, também, o mais populoso. São Paulo aplicou 13,2 milhões de doses, seguido por Minas Gerais (5,9 milhões), Rio de Janeiro (5 milhões), Rio Grande do Sul (4,2 milhões) e Bahia (4 milhões).
A grande maioria das doses aplicadas até o momento é da Coronavac (66,1%), seguida de AstraZeneca (32,2%) e Pfizer (1,7%).
Embora seja exemplo mundial em campanhas de imunização, o Brasil enfrenta lentidão na vacinação contra a Covid-19 devido à escassez de vacinas.
Na contramão de quase todos os países do mundo, o Ministério da Saúde se comprometeu inicialmente com apenas uma vacina e não com um leque diversificado como ocorreu, por exemplo, na União Europeia e nos Estados Unidos.
O governo brasileiro apostou todas as fichas na vacina da AstraZeneca-Oxford, fez pouco caso da Caronavac e recusou ofertas da Pfizer ao longo do segundo semestre do ano passado.
A lentidão e possível omissão na compra de vacinas está sendo investigada pela CPI da Pandemia. À comissão, o ex-presidente da Pfizer no Brasil Carlos Murillo diz que o governo brasileiro ignorou cinco ofertas de vacinas somente em 2020.
Mais 64.350 doses
As 47 cidades em Minas selecionadas pela Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde do Estado de Minas Gerais (Cibsus), começaram a receber na segunda-feira (24) as 64.350 doses da vacina Pfizer/Comirnaty.
Um dos critérios para a escolha das cidades é ter população superior a 79 mil habitantes. Na região, apenas Itabira e João Monlevade.
Matéria exclusiva publicada na edição 734 do Folha Popular. (27/05/2021)