À brasileira
O apostilamento de servidores de carreira é prática suspensa desde 2002 em nível federal e 2004 no estado, contudo, algumas prefeituras insistem em manter o benefício, que, de tão absurdo, pulveriza lentamente as finanças públicas. Conforme o modelo, o benefício dá ao servidor de carreira que ocupar cargo comissionado, por até cinco anos, o direito de continuar a receber o salário maior oferecido pela função temporária após voltar ao cargo de origem. O benefício é cumulativo a cada cinco anos em cargo comissionado. Tal prática do passado garante hoje salários de R$ 15, R$ 20 mil a servidores que prestaram concursos para receber R$ 3, R$ 5 mil.
À brasileira II
Como estamos no país do jeitinho, servidores que estão prestes a perder o benefício em Santa Maria de Itabira estão travando queda de braço para que a lei não seja revogada, conforme determina o Ministério Público Estadual (MPE). A “boa notícia” é que para garantir o dinheirinho extra, servidores teriam vindo a Itabira copiar um modelinho básico para garantir o privilégio, que seria transformar o apostilamento em vantagem pessoal, por meio de um maquiado projeto de lei. Será?
Devaneios
O desaparecimento de duas adolescentes em Itabira mobilizou autoridades e chamou a atenção pelas condições do abrigo Casa Lar, unidades de acolhimento de crianças e adolescentes em situação de abandono ou conflito familiar, onde estavam as meninas, que acabaram retornando uma semana depois. Ao apurar o fato, na Secretaria de Ação Social de Itabira, foi informado o dia a dia no abrigo, que é uma casa de acolhimento e proteção com bom nível, contudo, não um local adequado para acolher, que teria melhor resultado por meio de uma atenção individualizada, como propõe o projeto Família Acolhedora, uma aposta da Ação Social que pode ter bons resultados com a participação da sociedade.
R$ 100 milhões
Este é o volume de recursos atrasados que o Governo de Minas deixou de repassar aos municípios do Médio Piracicaba, conforme levantamento da Associação dos Municípios do Médio Rio Piracicaba (Amepi) por meio da Associação Mineira dos Municípios (AMM), entidade que emplaca guerra contra o Estado, conforme manifestação na Cidade Administrativa nesta terça (21), para que os atrasos nos repasses, que têm prejudicado finanças de todos os 853 municípios de Minas, sejam normalizados. O montante da dívida em nível estadual chega a R$ 8 bilhões, e atinge folha dos servidores da educação, transporte escolar e ações no social e saúde.