Entre linhas Folha Popular

Sem concurso
Alegando queda de receita, o presidente da Câmara de Itabira, Heraldo Noronha Rodrigues (PTB), anunciou no dia 24 de setembro que não fará o concurso público para o preenchimento de mais de 40 cargos comissionados, até então, ocupados por pessoas indicadas pelos próprios vereadores.
A realização do concurso faz parte de um termo de ajustamento de conduta (TAC) assinado com o Ministério Público.

Sem concurso II
Heraldo assumiu que não cumprirá o TAC em razão de queda de receita, segundo ele, em cerca de R$ 150 mil por mês, ou cerca de R$ 1,8 milhão até dezembro. O presidente se apoiou nesta situação para justificar outro tema polêmico: a CPI da Itaurb, instaurada para apurar o endividamento da empresa pública, pauta cobrada pelo oposicionista Weverton Leandro Santos Andrade “Vetão” (PSB) durante o uso da tribuna, também no dia 24. Vetão acha um absurdo a Câmara não ter R$ 3 mil para contratar uma assessoria especializada para dar início aos trabalhos.

Curso em Maringá
O Ministério Público (MP) investiga a viagem dos vereadores Weverton Júlio Limões “Nenzinho” (PMN) e Heraldo Noronha Rodrigues (PTB), presidente da Câmara, para a cidade turística de Maringá (PR), de 14 a 18 de maio, para curso de redes sociais para vereadores e assessores. O custo da viagem dos dois vereadores, mais a taxa de inscrição, foi de R$ 13.283,34. A informação consta em relatório do 2º quadrimestre apresentado pelo Observatório Social do Brasil – Itabira, no mês de setembro.
Nenzinho está preso desde julho deste ano por coação de testemunha em processo que investiga crime de “rachadinha”.

Incentivo
Dos 288 fornecedores de produtos e serviços para a Prefeitura de Itabira, de maio a agosto deste ano, apenas 86 (30%) são da cidade. O número tímido é o refrexo da competitividade com as empresas de fora, baixo interesse e falta de um programa de incentivo que estimule fornecedores locais, com potencial de gerar mais emprego, renda e tributos em Itabira.

Pipocam as pesquisas
É hora de saber se os eleitores aprovam os prefeitos eleitos em 2016, depois de quase 3 anos de gestão. As pesquisas de opinião têm sido a métrica para isso. Elas serão cruciais para indicar, como um semáforo, atenção ao que foi feito, pare de sonhar que o mandato não decolou ou siga, pois o caminho da reeleição está bem pavimentado, mas a pista é sinuosa.

PUBLICADA NA EDIÇÃO 694 – DIA 3 DE OUTUBRO