Entre linhas do Folha Popular

  • 23/06/2024

Itabira no mapa da violência
Itabira volta a ocupar lugar em um ranking entre as cidades mineiras que não é motivo para ser comemorado. É o que revelam os números do Atlas da Violência 2024, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na terça-feira (18). De acordo com a plataforma, Itabira é a terceira cidade no estado em maior número de homicídios.

Não dá pra comemorar
A pesquisa considera o número de mortes violentas por cada 100 mil habitantes. Com 14 registros, o município só fica atrás de Governador Valadares (34,6/por cada 100 mil habitantes) e Nova Serrana (29,4/por 100 mil habitantes).

Mais violenta que BH
Minas Gerais é o estado do país com o maior número de municípios. São 853, mas somente 34 deles têm mais de 100 mil habitantes. A capital do estado ficou na 14ª posição, 11 atrás de Itabira.
Como estamos em um Governo Municipal bom em narrativas, agora é aguardar qual será a encantadora explicação.

Vale arrogante
O presidente do Sindicato Metabase, André Viana Madeira, esta semana, divulgou uma nota irritado. Depois de a Vale fazer uma apresentação pífia do fechamento de minas na cidade e uso futuro, o sindicalista não se conteve e classificou a mineradora de arrogante. O título não parece ter incomodado a multinacional, que continua tratando os itabiranos com desdém.

Nem aí
Não bastasse esconder seus planos de fechar minas em Itabira e de uso futuro das estruturas, a Vale se recusa a participar de grupos de discussão do assunto na cidade. A empresa já demonstrou que não está disposta a ouvir ninguém e adotou a estratégia de trazer suas decisões prontas. Nesta terça-feira (18), mais uma vez, ela virou as costas para a população. Convidada para uma audiência pública para discutir soluções para famílias atingidas pelas obras no Pontal, não compareceu e muito menos justificou.

Pão e circo
Nos últimos dias, em Itabira, os comentários em grupos de WhatsApp estão sendo a condução administrativa da cidade no modelo pão e circo; muitas migalhas, que seriam obras do dia a dia, como as reformas, e muitas festas de milhões.