Entre linhas da edição 797 do Folha Popular

16/11/2023

Desvalorizando o itabirano
O desprezo demonstrado pelo prefeito Marco Antônio Lage (PSB) às empresas locais priorização das de fora, voltou a ser criticado pelo vereador Neidson Dias Freitas (MDB) na Câmara Municipal. O parlamentar não se conforma com o fato do gestor municipal ignorar os trabalhadores da cidade ao deixar de dar oportunidade para empresas na contratação de serviços. Em vez de licitação, que garante a participação democrática na concorrência pública, o prefeito insiste em pegar carona nas atas de preços de outras cidades, muitas vezes até fora do estado. Pelos cálculos realizados por Neidson Freitas, a Prefeitura de Itabira já gastou mais de R$ 120 milhões que vão gerar empregos e impostos em outros locais.

Imoral
Apesar de legal, o vereador mostra a imoralidade da ação do governo. Ele explica que a prática de adesão a atas de registro de preços de outras cidades, deveria ser uma exceção, mas que se tornou regra em Itabira. Neidson enfatizou que isso tem impactado diretamente nas empresas e trabalhadores locais, privando-os de participar de processos de licitação e de fornecer produtos e serviços para a cidade.

Transporte Coletivo
Sobrou para a Prefeitura a recusa da Transportes Cisne de assinar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A Câmara Municipal agora quer ouvir uma explicação do governo sobre a condição de funcionamento do transporte público coletivo do governo. Foi aprovado, por unanimidade, um requerimento da vereadora Rosilene Félix (MDB), convocando o chefe da Transita. Ele terá que se apresentar no dia 14 ou mais tardar no dia 21. A vereadora lembrou que o subsídio de R$ 34,9 milhões que o prefeito tem repassado para a concessionária exige contrapartidas que vão além da passagem de R$ 3. A expectativa da vereadora é de que o representante do governo comprove se o acordo está sendo cumprido ou não.

Ver pra crer
Para a vereadora, a recusa da empresa em assinar o TAC com o Ministério Público não ficou muito clara também. O órgão de controle social queria que a empresa se comprometesse no cumprimento dos termos básicos do contrato assinado com a Prefeitura para receber a quantia milionária, que é baseado em requisitos qualitativos e quantitativos. Ela insiste em querer ver o que foi feito para melhoria do transporte público.