Pesquisa anexa aponta que mais de 70% da população desconhece qual é a real função do vereador
O Observatório Social do Brasil – Itabira apresentou no dia 19 de setembro, na Acita, o relatório do segundo quadrimestre (maio a agosto) referente à aplicação das receitas municipais feitas pela Prefeitura e Câmara de Itabira, uma espécie de “pente fino” no gasto do dinheiro do itabirano.
Por meio do documento, é possível saber a produtividade de cada vereador, gastos com diárias, lanches, processos licitatórios, entre outras ações dos 17 vereadores. A Prefeitura de Itabira também compõe o relatório, com números de contratos assinados, gastos com pessoal, número de servidores comissionados, gastos de cada secretaria, entre outras importantes informações, muitas delas, tanto da Câmara como da Prefeitura, viraram peças de processos investigatórios montados pelo Ministério Público, por indicação do Observatório Social, que detectou indícios de irregularidades.
Outra informação curiosa pode ser vista no final do relatório de 199 páginas. Trata-se de uma pesquisa contratada pelo Observatório Social ao Instituto Data MG, a qual apresenta dados preocupantes em relação ao Legislativo itabirano.
Realizada em agosto, com 340 eleitores acima de 16 anos, ela aponta que 35% da população acha que a função do vereador é arranjar serviço para as pessoas, 25,95% responderam que é conseguir atendimento de saúde e outros 10,6% acreditam que é criar vagas em creches.
De forma satisfatória, 31% responderam que a função do vereador é fiscalizar o prefeito e outros 16,5%, criar leis.
Outra pergunta feita pelos pesquisadores é se o eleitor sabe qual o salário do vereador. Setenta por cento disseram que não sabem, 26% que sim e 4% não responderam.
Dos que sabem qual o salário, 83% acham que o valor, R$ 8.270,45, é alto e que deveria ser de R$ 2.815,89.
Quanto ao número de vereadores em Itabira, 55% disseram não saber qual a quantidade e para 21,1% o ideal seriam 9, dos 17 atuais.