Foto 01: Gerente da Vale, Rodrigo Chaves e equipe prestando esclarecimentos
Foto 02: Público, desconfiado, fez várias perguntas
Foto 03: Vereadores falaram da irresponsabilidade da “fake news” e solicitaram relatórios
Foto 04: Espaço ficou pequeno e população se ajeitou como pode
A informação publicada no Facebook e aplicativos para celular, de que a barragem Santana, na divisa entre as cidades Itabira e Santa Maria de Itabira, estava com trincas em sua estrutura, provocou pânico nos moradores de Santa Maria de Itabira no último fim de semana, forçando a mobilização de órgãos ambientais, agências reguladoras e gerentes da Vale de Itabira, responsável pelo reservatório hídrico.
A interpretação dos moradores seria de um fatídico desastre ambiental, como o que foi registrado na barragem de Fundão, localizada no subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na tarde de 5 de novembro de 2015.
Com o rompimento da barragem Santana, Santa Maria seria inundada em questão de horas, pipocavam as redes sociais e WhatsApp desde quarta-feira (7).
A proliferação da notícia, não apurada (fakenews), teve início após reunião de Comissões da Câmara de Vereadores da cidade, na segunda (5), quando os vereadores foram questionados pela imprensa local sobre as obras na barragem, a qual seria devido rachaduras. O vereador Jair Lino de Carvalho Lage (PPS), informou que foi ao local e pediu informações sobre os serviços que estavam sendo executados na barragem, inclusive com o uso de concreto fornecido por caminhão betoneira. Conforme o vereador, um técnico da empresa contratada informou que o serviço era para instalar sirenes de segurança em atendimento a nova legislação de barragens e que uma equipe também estaria recuperando pequenas fissuras na estrutura da barragem, um serviço de rotina.
Contudo, a informação da existência de pequenas fissuras foi tratada como e risco de rompimento, conforme a imprensa local. A notícia se alastrou rapidamente nas redes sócias provocando pânico nos mais velhos, que temiam o pior, recordando estragos provocados pela enchente de 1979. Alguns moradores chegaram a pesquisar preço de alugueis de casas na parte mais alta do município e outros, lotaram a Câmara na sessão de segunda (12), para escutar os representantes da Vale.
Antes do esclarecimento público, a Vale distribuiu na cidade uma carta “Fique por dentro” desmentindo o boato. Nela, inclusive, a mineradora contou que técnicos da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) estiveram na área da barragem e emitiram relatório declarando que as estruturas apresentam condições normais de operação. Essa fiscalização aconteceu das 2h30 às 4h30 da madrugada de quinta-feira (8).
Sete profissionais da Vale, entre gerentes de relacionamento, engenheiro ambiental, assessor de imprensa, técnicos em barragens e o gerente Executivo da Vale em Itabira e Rio Piracicaba, Rodrigo Chaves, contribuíram para lotar ainda mais o plenário da Câmara durante a reunião Ordinária desta segunda.
Rodrigo Chaves foi taxativo ao esclarecer que tudo não passou de um grave boato, que resultou em uma fiscalização emergencial, a qual, por outro lado, atestou novamente as condições de operação da barragem.
Ainda assim, os moradores não pouparam perguntas, como plano de escoamento, instalação de sirenes na cidade e visita a barragem para saber o nível de segurança. Quanto a isso, Rodrigo Chaves disse não ter dificuldade, mesmo que sejam 200 pessoas ou mais, bastando apenas agendarem uma data. Outro pedido de esclarecimento foi quanto o isolamento, no passado, de um tubo na barragem Santana com vazão de 400 litros por segundo, fato que reduziu o curso d’água do rio Girau. O gerente não soube responder, mas se comprometeu em enviar esclarecimentos aos vereadores e ao morador Nelson, que cobrou a informação.
O diálogo com moradores e vereadores transcorreu por quase 90 minutos, com a retórica de que a barragem não oferece risco, garantiu insistentemente o gerente Executivo, e que a sirene é questão de legislação. “Se um dia acontecer um acionamento, os sinais de problemas já estarão sendo catalogados há pelo menos quatro dias, pois um problema desta magnitude não acontece sem devidos sinais”, reiterou Rodrigo Chaves. No final do encontro, os vereadores Flágson das Mercês Duarte (PTB), solicitou da Vale o envio dos relatórios que garantam a segurança da barragem, o que será atendido. Jair Lino aproveitou para agradecer pelos esclarecimento e dizer que em momento algum falou que a barragem oferecia risco de rompimento, pelo contrário, foi até o local da obra saber o que estava sendo feito. Por fim, Danilo Lage (PPS), agradeceu a presença da comitiva da Vale e pediu que eles voltassem para novos encontros com a comunidade. Rodrigo Chaves apresentou toda a equipe com devidos contatos e se colocando a disposição quanto a novos convites.
Contatos: Relacionamento com a Comunidade: Letícia Oliveira – (31) 9.9964-2828
Assessora de Imprensa: Amanda Machado – (31) 9.8643-7928
A reunião seguiu até às 21h15 com a devida pauta do dia.
Mais informações na edição impressa do Folha Popular da próxima semana.
Vale se posiciona oficialmente sobre a barragem Santana
A Vale esclarece que a Barragem Santana, localizada no município de Itabira, se encontra em absoluta normalidade, fato comprovado por auditoria externa concluída em setembro de 2018. Técnicos da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) também vistoriaram a estrutura na semana passada (8/11) e emitiram relatório de fiscalização declarando que a barragem apresenta condições normais de operação.
Atualmente, a estrutura passa por obras de manutenção preventiva no vertedouro, devidamente comunicadas aos órgãos competentes, com término previsto para fevereiro de 2019.
Além disso, em atendimento ao Plano de Ação de Emergência de Barragem – PAEBM, conforme Portaria DNPM 70389, estão em andamento obras de instalação de sirenes. Seis das sete sirenes programadas para o local já foram instaladas até a presente data
A Vale e a Defesa Civil estão trabalhando juntas no atendimento à legislação e no fortalecimento da cultura de prevenção de riscos. A empresa reitera que todas as suas barragens possuem atestado de estabilidade e reforça seu compromisso com a segurança e sustentabilidade de suas operações.