Mesmo com a baixa do dólar, preços dos combustíveis continuam altos

Engana-se quem opta pelo álcool para fugir do preço salgado da gasolina, pois valor do biocombustível sofreu maior alta nos últimos dias

Mesmo com a baixa do dólar comercial, que fechou a R$ 3,70 (cotação de terça, 23), redução de R$ 0,50 ante ao valor recorde alcançado em 13 de setembro deste ano, R$ 4,20, os valores cobrados por combustíveis essenciais como gasolina, etanol, diesel e GLP “gás de cozinha”, continuam tirando o sono dos brasileiros.

Como o barril de petróleo é cotado em dólar, seria natural a redução do preço e consequentemente seus derivados, mas não é isso que o consumidor percebe, conforme pesquisa em postos de combustíveis e depósitos de gás em Itabira e cidades da microrregião feita pela reportagem do Folha Popular.

Em Itabira, foram percorridos todos os 17 postos, em 11 deles, o litro da gasolina é vendido a R$ 5,15 e do etanol a R$ 3,35. Nos demais postos, seis no total, a diferença é mínima, com a gasolina R$ 5,14, R$ 5,10 e o menor preço, R$ 5,09, contudo, este último, apenas com pagamento à vista ou em dinheiro. O etanol também apresenta baixa diferença, sendo encontrado a R$ 3,34, R$ 3,32, R$ 3,30, e R$ 3,29, este último, também apenas com pagamento à vista ou em dinheiro.

Na microrregião, João Monlevade continua imbatível se o assunto é preço de combustíveis. A gasolina, por exemplo, foi encontrada a R$ 5,06, etanol a R$ 3,10 e gás de cozinha a R$ 65. Para a felicidade dos consumidores, percebe-se que a diferença de preços entre as cidades já não está tão absurda como era há alguns meses atrás.

Pôde ser percebido durante a coleta de preços que a diferença entre gasolina e etanol encolheu. Até o mês de agosto, o litro da gasolina podia ser comprado por R$ 4,79 e o etanol a R$ 2,83. Com os constantes aumentos, a diferença de preço entre gasolina e etanol, antes de 1,96 por litro, passou a ser nos dias de hoje de R$ 1,81, forçando o consumidor a voltar a comprar mais gasolina para a retomada equilibrada de consumo entre os dois produtos.

Matéria completa publicada no Folha Popular de quinta (25 de outubro)