“Nos meses de março e maio as vendas nos surpreenderam, chegando a 30% e 40%”, conta Rosimeire Gomes
Conforme dados publicados no mês de maio, sexshops de várias cidades do Brasil, e do mundo, apresentaram aumento nas vendas neste período de pandemia da Covid-19. Em alguns casos, as vendas de cremes estimulantes, réplicas penianas e masturbadores cresceram 30%, 40% entre março e maio se comparado ao mesmo período do ano passado.
O motivo seria a busca por prazer e relaxamento neste momento que proíbe abertura de bares e realização de shows e eventos devido à necessidade do distanciamento social.
Em Itabira, se o assunto é prazer por meio de fantasias sensuais, vibradores e estimulantes, a Seduzir Sexshop, instalada na rua Josefina Bragança, no Centro, desde em abril de 2007, também apresenta bons números, principalmente nos meses de março e maio.
“O mês de abril foi de queda nas vendas devido o decreto municipal que fechou as lojas, mas em março e maio as vendas nos surpreenderam, chegando a 30% e 40%”, conta a proprietária da loja, Rosimeire Gomes.
Em relação ao comércio sexshop, a empresária diz que trabalha seguindo o que o mercado tem para oferecer. “Nossa linha é bem diversificada. Trabalhamos com assessórios, diversos géis e cremes, fantasias e lingeries com preços para todos os bolsos. Temos três produtos com maior saída, que são os mini-vibradores, lubrificantes e fantasias. Temos também um endereço eletrônico, que acaba ajudando e agora, zeramos a taxa de entrega nas compras acima de R$ 30. Em relação ao aumento nas vendas, vejo que as pessoas ficam mais apreensivas, preocupadas neste período de pandemia e isolamento social e o prazer sexual relaxa as pessoas, reduz a tensão, por isso a maior busca pelos produtos sexshop”, diz Rosimeire Gomes, apostando que na semana do Dia dos Namorados as vendas serão ainda melhores.
Em relação ao decreto que regulamenta o funcionamento das lojas, a empresária diz compreender o momento de isolamento social. “São válidas as ações, tem que ser assim mesmo para evitar a proliferação do vírus. Em nossa loja, estamos cumprindo o decreto à risca”, completa.
Outra revenda de produtos para adultos é a Muito Prazer, na rua Professor João Camilo de Oliveira Torres, no Praia.
O proprietário, Ademir Brito, informa que a quarentena não prejudicou suas vendas, mas também não melhorou de forma significante.
“Oferecemos assessórias, lingeries, lubrificantes diversos, cremes e géis beijáveis com preços a partir de R$ 10. Apostamos em anúncios virtuais e contato direto com a nossa carteira de clientes, por isso conseguimos manter as vendas, sem essa explosão em nível nacional. É bom registrar que nossa loja não foca apenas nos produtos eróticos, que ficam em armários e só são apresentados para adultos, quando solicitados. Nossa vitrine é com roupas para o público masculino e feminino”, diz Ademir Brito.
Em relação ao decreto que reduz público nas lojas e limita horário de funcionamento, o lojista diz que as medidas são necessárias. “Sim, concordo com as determinações e seguimos as recomendações, como a disponibilidade de álcool em gel. Contudo, vejo que alguns donos de bares estão recebendo clientes, ficando com meia porta aberta, falta mais fiscalização”, argumenta Ademir Brito.
Matéria publicada na edição 710 (4 de junho) do Folha Popular