A iniciativa da pesquisa impressionou o presidente do Sindicato Metabase, André Viana, que garantiu apoio total ao trabalho que será realizado
13/05/2025 – Itabira poderá ser uma das quatro cidades de Minas Gerais escolhidas para uma pesquisa sobre o impacto da mineração no custo de vida. Conta a favor do município o fato de ser conhecida como “Cidade do Ferro” e ter a Vale como a principal empregadora da região, com cerca de 11 mil trabalhadores.
A pesquisa foi encomendada pela Associação de Municípios Mineradores de Minas Gerais (AMIG) à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e foi repercutida pelo Sindicato Metabase de Itabira e Região, em programa de rádio que foi ao ar nesta segunda-feira (12).
O objetivo da pesquisa é conhecer o impacto da mineração no custo de vida em cidades mineradoras e entender como a mineração afeta a economia local, o custo de vida dos moradores e o bem estar da população, visando a fornecer dados que embasam políticas públicas e acordos de compensação mais justos.
A iniciativa da pesquisa impressionou o presidente do Sindicato Metabase de Itabira e Região, André Viana Madeira, que garantiu apoio total ao trabalho que será realizado. Ele ainda se comprometeu na rádio, ao vivo, acessar a pesquisa para usar como base nas campanhas de acordos coletivos.
“Realmente gente, o custo de vida nas cidades mineradoras é alto em relação às outras cidades que não são. Quem mora em Itabira, Nova Lima, Itabirito, Mariana, Conceição do Mato Dentro sabe que, em virtude da atividade mineral que traz renda, receita, também traz ali o aumento do custo de vida e impacto na saúde pública”.
A pesquisa pode analisar o impacto da mineração em diferentes aspectos, como aumento nos preços de produtos e serviços devido à grande demanda de mão de obra e recursos nas áreas mineradas; poluição do ar, água e solo, que podem afetar a saúde da população e de problemas econômicos.
Com os dados, planeja-se ainda a busca de soluções para um futuro mais sustentável para a cidade e para outras regiões mineradoras, conforme justifica a Amig.
Serão escolhidas seis cidades para serem analisadas, sendo quatro cidades mineradoras e duas não mineradoras. Quatro dessas cidades serão mineiras, sendo três mineradoras.
Além de Itabira, cidades como Barão de Cocais, Brumadinho, Serro, Conceição do Mato Dentro, e outras localizadas no Quadrilátero Ferrífero, também, poderão ser consideradas para a análise de dados. No caso de Itabira, o que conta ao seu favor para ser selecionada é o fato de ser berço da maior mineradora do Brasil que também está entre as principais do mundo e pode servir de vantagem para Itabira.
A estimativa do prazo de exaustão do minério de ferro na cidade, estimada para 2038, reforça ainda mais a possibilidade de Itabira ser selecionada. E o fim da mineração, em uma Cidade de Ferro, como é conhecida, pode gerar um futuro incerto para a sua economia.