Grupo de 74 indígenas de origem venezuelana vive em situação precária em Belo Horizonte.
A fim de buscar a melhor solução para a situação insalubre em que vivem 74 indígenas venezuelanos da etnia Warao, em Belo Horizonte, foi realizada nesta sexta-feira (29/10/21), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), uma reunião de coordenação entre diversas instituições públicas engajadas na assistência ao grupo.
A reunião ocorreu a partir de uma iniciativa da deputada Andréia de Jesus (Psol), presidenta da Comissão de Direitos Humanos da ALMG. Também participaram integrantes do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), da Defensoria Pública Estadual e do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Belo Horizonte (Conpir).
A situação dos indígenas Warao ganhou destaque com a morte de uma das crianças do grupo, de um ano e sete meses, vítima de Covid-19. Ela faleceu no Hospital Infantil João Paulo II, na Capital, no dia 22 de outubro. A partir daí, a Defensoria Pública encaminhou ofícios ao Executivo municipal dando um prazo de dez dias (a partir do dia 28/10) para que os Warao sejam realocados em imóveis com condições adequadas.
Atualmente, os 74 indígenas, incluindo 40 crianças, estão no Abrigo São Paulo, um espaço que a Prefeitura de Belo Horizonte reserva para pessoas em situação de rua. A defensora pública Rachel Passos, que participou da reunião na ALMG, diz que a mudança precisa ocorrer porque o local não apresenta condições legais e de salubridade para receber famílias constituídas, com crianças pequenas.