Idosos não levam a sério o “fique em casa”

Flagrante: Nesta sexta-feira (27), às 11h20, 11 idosos aguardavam ônibus de um total de 21 pessoas no ponto. Comércio deve voltar a funcionar normalmente dia 1º de abril

“A situação caminha para o caos e a preocupação é geral”, temem especialistas em diversos canais de comunicação.

De um lado a iminente, quando não real, pandemia do coronavírus e de outro, políticos e empresários de Itabira debatendo a retomada, ou não, das atividades não essenciais suspensas em razão de decretos de calamidade pública, que busca reduzir número de pessoas pelas ruas.

Enquanto isso, pessoas acima de 60 anos, classificadas como principal grupo de risco, são vistas em pontos de ônibus (conforme flagrante do https://ofolhapopular.com.br/) e ruas centrais da cidade como se tudo estivesse normal, mesmo com carros da Polícia Militar e Prefeitura circulando com megafones reforçando a conscientização com o tema “fique em casa”.

Essa postura rebelde pode ter vínculo com as informações, e decretos, desconexas dos próprios governantes.

Exemplo é o principal líder da nação, presidente Jair Bolsonaro, que inflamou a discussão na terça-feira (24), ao anunciar que o Covid-19 não passa de uma “gripezinha” e que o povo brasileiro deve voltar ao trabalho, minimizando apenas que as pessoas acima dos 60 devem ficar em casa. A mídia, governadores, prefeitos, opositores, correligionários, médicos, agentes de saúde e pessoas comuns foram para as TVs e redes sociais expor opiniões, a qual deixou em situação delicada até mesmo o ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que defende a quarentena para evitar o pior, como a superlotação da problemática rede de saúde, que, em colapso, nada poderá fazer se não assistir milhares de mortes.

Comércio deve voltar a funcionar normalmente dia 1º de abril
Ainda em relação ao comércio, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Itabira, Maurício Henrique Martins, gravou vídeo dizendo que após encontro com lideranças políticas nesta sexta-feira (27), ficou definida para terça-feira (31), sem horário definido, uma nova reunião com lojistas e o Governo Municipal para manutenção ou fim do decreto, que vence também no dia 31.

“Vai depender da situação do momento. A nossa esperança é que voltemos a trabalhar na próxima quarta-feira, dia 1º de abril. Conto com os associados, pessoas técnicas e formadores de opinião para que juntos encontremos a melhor solução”, disse Martins.

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