Em 2022, o prefeito disse que havia conseguido antecipar de 2026 para 2024 a conclusão das obras de captação, mas processo continua engessado
FAZER 40 ANOS EM 4 FOI PROMESSA DE POSSE
O projeto de captação de água do rio Tanque, segundo informações do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), se arrasta há mais de um ano, com participação direta da Vale e acompanhamento do Ministério Público Estadual (MPE). Entretanto, apesar de ser considerado um dos projetos mais importantes para o futuro de Itabira, nada se falou dele na celebração do Dia da Água, transcorrido em 22 de março. A última notícia que se teve do projeto foi em 2022.
“Em 2022, foram realizados os seguintes passos para avanços na implantação do projeto Rio Tanque: desenvolvimento e conclusão do projeto básico; protocolo do licenciamento; contratação do projeto executivo; publicada pelo município de Itabira a Declaração de Utilidade Pública (DUP) e protocolo de demanda energética do projeto junto à Cemig”, informou a assessoria em nota resumida, em resposta a questionamento dos andamentos do projeto.
A liberação para o licenciamento ambiental, em fase de tramitação, foi anunciada no Dia da Água em 2022 pelo atual prefeito, Marco Antônio Lage (PSB), durante lançamento do programa Águas de Itabira, celebrado com o I Seminário das Águas, no auditório da Universidade da Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira (UniFuncesi).
Na ocasião, ele disse que havia conseguido antecipar de 2026 para 2024 a conclusão das obras de captação, adução e tratamento, depois de se reunir com representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
Apesar de ter conseguido uma mudança de dois anos no cronograma, Marco Antônio deixou claro que ainda não estava satisfeito e que iria continuar buscando meios para agilizar o processo. Passado um ano, entretanto, as informações oficiais não tiveram evolução.
Visto como verdadeira redenção de Itabira, o projeto de captação, trará uma solução mais definitiva ao problema de escassez de água em Itabira. Além de resolver a questão da falta de água em muitos bairros, dará condições à cidade de atrair novas indústrias. A deficiência dos recursos hídricos é vista como um grande impedimento na diversificação da sua base econômica., em contraponto à necessidade do município se emancipar em relação à dependência que tem da mineração.
O licenciamento é processado pela Superintendência de Projetos Prioritários (Supri) ligada à Semad/MG.
Segundo a Assessoria de Imprensa do Saae, “detalhes como local para a instalação da Estação de Tratamento de Água (ETA) e o trajeto da tubulação necessária também já foram definidos, além de estar em andamento a elaboração do projeto executivo.
- Matéria publicada na edição 784 do Folha Popular
