O jogo teve repercussão na região e o julgamento era esperado com expectativa pelo público
O atleta Waldelon Rodrigues Morais, do Santa Maria Esporte Clube, foi suspenso e ficará longe dos campos de futebol amador por 11 partidas consecutivas. Ele foi julgado e condenado pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Itabira por agressão ao árbitro Ronaldo Fernandes de Lima. O veredito inclui ainda 160 dias por punição.
A sentença faz parte da primeira sessão de julgamento da Liga Itabirana de Futebol Amador referente a processos de ações de 2022 e que não chegaram a ser julgados.
O caso envolvendo o atleta santa-mariense, numa partida contra o Ivipa, jogo válido pela categoria Principal do Campeonato Itabirano, mereceu destaque. O jogo teve repercussão na região e o julgamento era esperado com expectativa pelo público. A defesa não concordou com o resultado do julgamento, alegando que não houve agressão e recorreu pelo efeito suspensivo, mas teve o pedido indeferido.
Todas as ações de 2022 pendentes foram julgadas na ocasião. O Tribunal de Justiça Desportiva, composto por advogados da 52ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, foi o responsável pela condução dos trabalhos.
Além da Patrícia de Freitas Vieira, presidente do Tribunal, participaram da sessão como procurador, os advogados Gabriel Nascimento Santos e os auditores Rogério Pierry Vieira e Crizian Keila Dias Martins.
Ricardo de Freitas, presidente da Liga, disse estar satisfeito com a realização da primeira sessão. “Um feito, uma vitória muito grande da nossa gestão frente à Lifa. Ano passado tivemos muitos problemas na montagem e tentativa de manter o Tribunal, mas infelizmente, os membros não mantiveram a agenda e os clubes reclamaram muito e não tiro a razão deles. Hoje a realidade é outra”.
Já Silvio Andrade, secretário-geral, destacou a seriedade com que foram conduzidos os trabalhos: “Confesso que fiquei emocionado ao ver a sessão. Advogados comprometidos com a causa e com pleno conhecimento daquilo que estavam julgando. O fato de não conhecer os jogadores, não serem “boleiros”, torna o julgamento isento de qualquer parcialidade. Foi um grande momento para a Lifa e só tenho a agradecer aos profissionais da nossa OAB de Itabira”.
A presidente do Tribunal, Patrícia de Freitas Vieira falou sobre a experiência: “A gente conseguiu dar andamento aos processos que estavam parados desde o ano passado, do último campeonato. Foi uma sessão tranquila onde compareceram as partes e advogados para a defesa de seus atletas e clubes. Destaco os procuradores com suas manifestações respeitosas, tudo em um clima agradável. Criamos uma dinâmica de maneira que os julgamentos não irão demorar a acontecer. Diante desta dinâmica, acordada com a Lifa, procuradores e auditores, creio que no máximo em duas semanas as eventuais infrações estejam apuradas e julgadas, não trazendo nenhuma ansiedade aos atletas. Estamos confiantes que tudo dará certo, prova disso, foi a primeira sessão realizada”.