Concerto terá única apresentação no dia 19 de março, 11h, no Grande Teatro do Sesc Palladium, em BH, com ingressos a preços populares
Após uma temporada repleta de sucesso, com ingressos esgotados em praticamente todos os concertos, a Orquestra Ouro Preto dá início à Série Domingos Clássicos 2023 com seu inusitado mergulho no rock grunge dos anos 1990. Para celebrar um dos álbuns mais emblemáticos de todos os tempos, o “Nevermind”, do Nirvana, a formação mineira abre a temporada entre o som de violinos, guitarras distorcidas e muitas surpresas. O concerto, que mistura música e intervenções cênicas, acontece no dia 19 de março, às 11h, no Grande Teatro do Sesc Palladium, pela Série Domingos Clássicos. Os ingressos têm preços populares.
Em 1991 foi lançado o disco que mudou a cena musical da época. O álbum conquistou o título de símbolo da cultura pop do século XX com potentes riffs de guitarra, que até os dias de hoje influenciam a música mundial. Com “Nevermind”, o grunge, que tem origem no punk, no metal e no hard rock, ganhou expressão representando a cultura, a música e a moda de toda uma geração.
Excelência e versatilidade, as marcas registradas da Orquestra, estão muito bem sintetizadas no espetáculo, uma releitura de alto nível e cheia de ousadias sobre o gênero que impactou os anos 1990. A estreia do ousado concerto aconteceu em 2021, através de um concerto transmitido via YouTube, e foi celebrado em todo mundo. Até mesmo o perfil da banda na plataforma de streaming repercutiu o concerto on-line, dedicando um post elogioso à apresentação e alavancando muito o alcance do tributo. Quase 100 mil pessoas assistiram à homenagem. No ano seguinte, em julho 2022, a apresentação ganhou o palco do Sesc Palladium e, em pouquíssimo tempo, teve a totalidade de ingressos vendidos.
A ideia de orquestrar “Nevermind” partiu do Maestro Rodrigo Toffolo, que é fã do disco desde os tempos em que era apenas um jovem estudante de violino. “‘Nevermind’ vai muito além da música, representou toda uma geração que precisava extravasar seus sentimentos. Três caras fizeram aquela barulheira toda, que nada mais é que a voz do jovem daquela época. Acho a música deles muito impactante”, conclui o regente.
Com arranjos de Leonardo Gorosito, o concerto promete releituras de alto nível para sucessos como “Smells like teen spirit”, “Come as you are”, “Lithium” e “In bloom”. A ópera-grunge será tocada e encenada em 13 atos, incluindo todas as faixas do álbum. Os acordes de violinos e violoncelos irão se misturar ao som da bateria, guitarra e baixo de um rock baseado em contrastes dinâmicos, entre versos calmos e barulhentos, e refrões pesados, característicos da música do Nirvana.
A Série Domingos Clássicos é uma correalização entre o Instituto Ouro Preto e o Sesc em Minas. A apresentação tem apoio do São Marcos Saúde e Medicina Diagnóstica e patrocínio do Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
MAIS SOBRE NIRVANA E NEVERMIND
Criada em 1987, em Seatle, nos Estados Unidos, a banda de rock Nirvana era formada inicialmente pelo vocalista e guitarrista Kurt Cobain e pelo baixista Krist Novoselic, que posteriormente se juntaram ao baterista Dave Grohl. O nome Nirvana se refere ao conceito budista que Cobain descreveu como “a liberdade da dor, do sofrimento e do mundo externo”. Lançou seu primeiro álbum “Bleach” no final em 1989, e se firmou como parte da cena grunge de Seattle.
Em 1991, o segundo álbum de estúdio da banda, “Nevermind” vendeu 26 milhões de cópias e consagrou o Nirvana no mundo todo. Sua capa com um bebê nadando pelado e uma nota de 1 dólar se tornou um clássico da época e foi eleita pela revista Rolling Stone como a melhor capa de todos os tempos. O álbum está na lista dos “duzentos álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame”. O sucesso inesperado popularizou o rock alternativo, Kurt Cobain passou a ser considerado o porta-voz de uma geração e sua música passou Beatles e Michael Jackson na preferência do público.
Em 1994, o vocalista Kurt Cobain suicidou e a banda teve seu fim. Apesar disso, ocorreram vários lançamentos póstumos e o grupo chegou a vender mais de 75 milhões de discos em todo o mundo.
SÉRIE DOMINGOS CLÁSSICOS
Uma vez ao mês, no coração da cidade, na esquina entre a avenida Augusto de Lima e a rua Rio de Janeiro, o público belo-horizontino tem um encontro marcado com a Orquestra Ouro Preto. As manhãs musicais no Grande Teatro do Sesc Palladium já se tornaram programa obrigatório para amantes da música de concerto e, em mais uma temporada, a série Domingos Clássicos promete atrair o público para prestigiar um repertório pautado na excelência e versatilidade, sempre com ingressos a preços populares.
“É um orgulho ter a parceria do Sesc em Minas e ser a Orquestra Residente de um teatro tão importante quanto o Palladium. São sempre momentos especiais e de grande emoção. A plateia que sempre lota o Palladium em nossas apresentações é parte indissociável do nosso sucesso”, reconhece o maestro Rodrigo Toffolo. “Com o tempo já até reconhecemos algumas pessoas do público, que sempre voltam, e são muitas. Isso nos motiva e aumenta ainda mais a cumplicidade com a plateia”, afirma.
Segundo Manuella Abdanur de Paula M. Paiva, gerente de cultura do Sesc em Minas, a residência da Orquestra Ouro Preto contribui para a disseminação da música de concerto para outros públicos: “A Orquestra Ouro Preto apresenta em seus concertos releituras da música popular e de gêneros diversos. Este formato é interessante principalmente pelo caráter inclusivo, promovendo o acesso de púbicos diversos à música de concerto através de repertórios que dialogam com a memória afetiva das pessoas e demonstram, ao mesmo tempo, o quanto essa música está presente no nosso imaginário, a exemplo das trilhas de cinema e da literatura popular, por exemplo”, afirma.
Para a gerente do Sesc Palladium, Priscilla D’ Agostini, a Orquestra Ouro Preto, como residente Sesc em Minas, reafirma compromisso da instituição em levar ao público uma série de concertos pautados na qualidade, diversidade e excelência: “A Orquestra Ouro Preto é inspiração e temos essa parceria consolidada com o Sesc Palladium, que visa levar ao público uma programação propositiva, qualificada e inovadora”, avalia.
SOBRE A ORQUESTRA OURO PRETO
Uma das mais prestigiadas formações orquestrais do país, a Orquestra Ouro Preto tem como diretor artístico e regente titular o Maestro Rodrigo Toffolo. Premiado nacionalmente, o grupo vem se apresentando nas principais salas de concerto do Brasil e do mundo. Seu trabalho ousado e plural é reconhecido com importantes premiações nacionais e aplausos efusivos do público nas salas e casas de espetáculo por onde passa.
Criada em 2000, a Orquestra Ouro Preto tem atuação marcada pelo experimentalismo e ineditismo, sob os signos da excelência e da versatilidade. Possui diversos trabalhos registrados em CD e DVD: Latinidade (2007), Oito Estações – Vivaldi e Piazzolla (2013), Valencianas: Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto (2014), Antonio Vivaldi – Concerto para Cordas (2015), Orquestra Ouro Preto – The Beatles (2015), Latinidade: Música para as Américas (2016), Música para Cinema (2017), O Pequeno Príncipe (2018), Suíte Masai (2019) e Quem Perguntou Por Mim: Fernando Brant e Milton Nascimento (2019), Gênesis- João Bosco e Orquestra Ouro Preto (2022) e Valencianas II: Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto (2022).
A Orquestra Ouro Preto também se destaca por sua atuação além dos palcos, à frente de projetos com viés educacional e social. É o caso do Núcleo de Apoio a Bandas, que dialoga diretamente com as bandas tradicionais em cinco estados do Brasil, e realiza ainda projeto de formação de jovens talentos para o mercado de trabalho da música orquestral, por meio de sua Academia. O projeto se destaca por oferecer amplo apoio aos bolsistas, com apoio financeiro, pedagógico e psicológico, este por meio de parceria com a PUC Minas.