FOTO: Prefeitura agora é da cenográfica ” São Miguel“
Desde o dia 15, Catas Altas pode ser vista nas telinhas da Rede Globo por milhares de pessoas no Brasil e no mundo (pela Globo Internacional e Globoplay) na minissérie “Se Eu Fechar só Olhos Agora”, exibida após a novela das 9 horas.
Na produção, a cidade mineira, a 120 quilômetros de Belo Horizonte, é a fluminense São Miguel da década de 1960. A trama foca em dois adolescentes que são suspeitos de um assassinato e passam a investigar o crime com a ajuda de um jornalista.
A minissérie, uma adaptação da obra literária homônima de Edney Silvestre, tem 10 capítulos e é de autoria de Ricardo Linhares e direção de Carlos Manga Júnior.
Transformação em São Miguel – A transformação de Catas Altas em cidade cenográfica de São Miguel aconteceu no final de 2017, quando a equipe da emissora veio ao município para repaginar os casarões e atrativos catas-altenses, ambientando-os no clima dos anos 60.
Todas as intervenções, porém, foram temporárias e realizadas com aprovação do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural e licenciadas pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).
Durante a minissérie, será possível ver os casarios históricos e prédios públicos, a Praça Monsenhor Mendes, a igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, a Serra e o Santuário do Caraça, o centro histórico, o distrito do Morro D’Água Quente e outros lugares característicos da cidade.
Umas das transformações aconteceu no prédio da Câmara Municipal que poderá ser visto como Café Colonial e gabinete do prefeito Adriano, interpretado pelo ator Murilo Benício. Outros dois locais que também receberam intervenções foram a secretaria de Educação e a Casa do Professor que viraram Barbearia 177 e delegacia, respectivamente.
Apesar das intervenções pontuais, Catas Altas não precisou de muita mudança para encarnar o papel de São Miguel. Isso porque as belezas naturais, como a Serra do Caraça de frente para a Praça Monsenhor Mendes, fizeram da cidade o cenário perfeito para a trama que exigia um lugar cercado por montanhas e com aparência de estar isolado.
Segundo entrevista do diretor Manguinha, “Catas Altas parece uma cidade cenográfica de verdade, com uma igreja no centro da praça, mostrando os três mundos: político, civil e religioso. A igreja vê todas as casas e a vida em volta vê a igreja”, justificou Manguinha.
“Essa locação casou como uma luva. Filmamos em Catas Altas e também no Caraça. As montanhas, tão presentes no livro; a atmosfera, as belezas naturais, a igreja belíssima e o casario tão bem preservado. A gente não poderia ter encontrado um lugar mais apropriado. Isso sem falar na hospitalidade mineira. Era importante que o cenário fosse real para passar verdade. Credibilidade é uma palavra-chave neste projeto”, completa Ricardo Linhares, autor da minissérie.
Escolha de Catas Altas – Catas Altas foi escolhida para ser cidade cenográfica por ter todas as características que a história exigia. A sua beleza natural e a preservação do patrimônio histórico-cultural foram fatores determinantes para a escolha.
De acordo com os produtores da minissérie, a cidade foi selecionada entre diversas outras em potencial da América Latina depois que foi descoberta pela cenógrafa titular da Rede Globo, Anne Marie Bourgeois, por meio de uma pesquisa na internet.