A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD COVID19 estimou que, no mês de
junho, a taxa de desocupação em Minas Gerais ficou em 11,8% – valor 1,4 ponto percentual superior à taxa de maio, que era de 10,4%. Este aumento se deveu a uma diminuição do número de pessoas ocupadas, que caiu de 9,26 milhões para 9,12 milhões, conjugada com o aumento de pessoas que voltaram a efetivamente buscar emprego em Minas Gerais. Comparada a outros estados da Região Sudeste, a taxa no estado é superior à do Espírito Santo (10,8%), mas inferior à de Rio de Janeiro e São Paulo, que tiveram, respectivamente, 12,7% e 13,6% de taxa de desocupação em junho. A taxa mineira também é inferior à nacional, que foi de 12,4%. A tabela 1 mostra qual foi a variação da taxa de desocupação entre maio e junho em cada uma das grandes regiões do Brasil.
Variação da taxa de desocupação. – Brasil e Grandes Regiões – maio e junho de 2020
Taxa de desocupação (%)
Maio 2020 Junho 2020
Brasil 10,7 12,4
Norte 11,0 12,3
Nordeste 11,2 13,2
Sudeste 10,9 12,9
Sul 8,9 10,0
Centro-Oeste 11,4 12,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD COVID19 junho/2020
Notou-se também um leve aumento no percentual de informalidade nos trabalhos das
pessoas ocupadas. Este valor passou de 33,2% em maio para 33,5% em junho, no estado de Minas Gerais. Entre os informais, estão os empregados do setor privado sem carteira;
trabalhadores domésticos sem carteira; empregadores e trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS; e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente. Percebe-se, portanto, que cerca de um terço das pessoas ocupadas no estado não têm o amparo dos institutos de previdência e continuaram trabalhando durante a pandemia.
A PNAD COVID19 é uma pesquisa que foi implementada em plena pandemia da COVID19 não só para obter informações sobre os sintomas referidos da síndrome gripal, como também para ser utilizada como instrumento de avaliação e monitoramento do combate aos efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho brasileiro. A pesquisa tem divulgações semanais, para alguns indicadores, em nível Brasil, e divulgações mensais para um conjunto mais amplo de indicadores, por Unidades da Federação.