Objetivo é formar profissionais de alto nível
01/10/2024 – Mesmo sendo o sonho de milhares de brasileiros, a graduação pode não ser tão simples para muitos deles. A distância de casa e o cansaço da rotina costumam ser alguns dos motivos que tornam essa importante etapa da vida ainda mais desafiadora. Ciente disso, o Centro Universitário Funcesi possui o Núcleo de Acessibilidade e Apoio Psicopedagógico (NAAP).
O setor oferece programas e palestras sobre saúde mental, bem como apoio emergencial para acadêmicos com ansiedade, estresse etc. Também compõem o cronograma do NAAP a orientação educacional tanto a professores quanto para alunos, por meio de programas de capacitação, workshops, entre outros. Por fim, o núcleo trabalha, ainda, a formação de educadores que possam identificar sinais de dificuldades emocionais e, desta forma, oferecer o suporte adequado.
Extremamente capacitados, os psicopedagogos e psicólogos do NAAP acolhem casos como TDAH, transtorno de ansiedade e baixa audição, oferecendo um atendimento específico a cada um deles. Discentes com dislexia ou Síndrome de Irlen, por exemplo, realizam provas em um tipo de papel diferente. Aqueles que possuem dificuldades de visão, por outro lado, recebem computadores adaptados e a possibilidade da linguagem em braile em diversos locais do campus. Tudo feito de forma coordenada entre os profissionais do setor, corpo docente e coordenações dos cursos da Funcesi.
- Cuidado especial
Supervisora pedagógica do NAAP, Fabiana Ventura explica o trabalho do setor, apresentado aos alunos logo nos primeiros dias de aula.
“A nossa abordagem começa na chegada desses estudantes à instituição. Temos um momento de recepção no auditório, onde apresentamos a eles o setor e o apoio que pode ser oferecido na rotina acadêmica. Também mostramos a eles os contatos que o NAAP tem e onde o núcleo funciona. Por fim, orientamos aos professores a sempre encaminharem esses alunos que necessitam de uma abordagem específica”, detalha.
Na Funcesi desde 2014, Fabiana cita alguns exemplos do trabalho feito no núcleo que conhece tão bem.
“Orientamos os estudantes a organizarem o cronograma de estudo dentro da sua própria dinâmica de horário, também damos apoio a alunos que precisam fazer avaliações em um espaço separado, fora de sala. Há casos de discentes que podem receber uma prova adaptada e com um prazo ampliado para sua realização. Em outros, a avaliação pode ser impressa em um papel especifico, como nos casos de dislexia. Também recebemos alunos com TDAH, que precisam sentar à frente, identificamos as mesas da sala com o nome deles. Fazemos essas adaptações a partir da demanda que o aluno nos traz”.
Apesar de todo o apoio, algumas situações, sobretudo aquelas ligadas à saúde mental, se apresentam fora do alcance do núcleo, como explica a supervisora.
“Em demandas que são muito específicas de um tratamento externo, orientamos que o aluno procure um profissional e que esse profissional nos apresente orientações para o desempenho acadêmico. Desta forma, cumprimos nosso papel, enquanto instituição de ensino, junto a um profissional que faz o trabalho específico. Então temos muito cuidado em tratar no NAAP o que é de cunho acadêmico”, pondera Fabiana.
- Nova realidade
Estudante do oitavo período de Enfermagem, Rodrigo Costa foi um dos beneficiados pelo NAAP. Ele conta ter sido encaminhado ao setor por uma professora, após relatar dificuldades com algumas matérias do curso. Hoje em uma nova realidade, o discente descreve sua evolução após o trabalho junto ao núcleo.
“O NAAP me ajudou a organizar minha rotina de estudo, com dicas, orientações, apoio psicopedagógico para poder fazer e apresentar trabalhos etc. Também me auxiliou na concentração, com estratégias para poder focar melhor nas aulas, fazer slides e artigos científicos. Eles não fazem nada para mim, mas, com a experiência que possuem, oferecem um acolhimento e me ajudam a me manter focado. Desta forma, consigo me autorregular e dar conta do curso e da rotina”, celebra.
Embora ainda sinta algumas dificuldades, Rodrigo não deixa dúvidas sobre o impacto do NAAP na evolução da sua rotina acadêmica e da sua própria personalidade.
“Hoje ainda não me sinto plenamente confortável, mas com a ajuda do NAAP e de outros centros voltados à saúde mental em Itabira, hoje já consigo falar em público, algo que antes eu não conseguia devido à ansiedade. Ainda sinto certo desconforto ao apresentar trabalhos, mas hoje em dia consigo melhor. O NAAP me ajuda muito na rotina de estudo para não perder prazo e ficar mais calmo e mais concentrado, fazendo tudo no prazo que a instituição exige”, completa.
Assim como o estudante de enfermagem, diversos alunos já recorreram a Fabiana Ventura e seus colegas. Aos que ainda não procuraram o núcleo, a supervisora pedagógica deixa um recado especial.
“Digo a esse estudante que ele pode nos trazer sua demanda e aproveitar esse benefício que a instituição disponibiliza. Nosso intuito é que o aluno tenha, durante sua vida acadêmica, um progresso de qualidade. Ele pode contar conosco sempre que precisar”.