Escolas de Itabira ficam, por enquanto, fora da greve sanitária

ESCOLA ESTADUAL DONA ELEONORA (FOTO) – “Todos sabem que as nossas escolas não têm estrutura para garantir os protocolos de segurança previstos na prevenção da covid”, diz a coordenadora da subsede do Sind-UTE em Itabira, Vanderléia Freitas
Apesar do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do estado (Sind-UTE/MG) ter decidido manter a greve sanitária da rede estadual de ensino, as escolas de Itabira não foram afetadas pela ação. A coordenadora da subsede do sindicato em Itabira, Vanderléia Freitas, explicou que a proposta de greve sanitária foi direcionada exclusivamente para os municípios onde as aulas presenciais já foram liberadas, o que ainda não é o caso de Itabira.
Segundo ela, Itabira está sob o decreto municipal que condiciona a abertura das escolas à vacinação maciça dos professores. Ela não descartou, entretanto, a possibilidade de adesão do município, caso haja uma segunda ordem antes que todos os trabalhadores da educação estejam imunizados. “O Governo do Estado liberou, mas o prefeito entrou com esse decreto que nos dá um tempo. Todos sabem que as nossas escolas não têm estrutura para garantir os protocolos de segurança previstos na prevenção da covid”.
A sindicalista lembrou que a fragilidade dos prédios escolares ficou comprovada em junho, quando algumas escolas iniciaram as atividades presenciais. “Apenas algumas séries começaram a voltar e tivemos três professores contaminados. Não podemos arriscar”, diz, afirmando que o retorno é desejo de todos, mas que é preciso priorizar a vida.
Vanderléia Freitas ainda fez questão de esclarecer que a greve sanitária é um direito constitucional e tem como finalidade dar a opção ao trabalhador de se recusar a trabalhar em ambiente que gera risco a sua vida.
No site da instituição, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, professora Denise Romano, destaca que “a pandemia em Minas Gerais não está controlada, a estrutura das escolas estaduais é a mesma e não garante segurança sanitária, e o retorno presencial das aulas neste momento coloca em risco a vida dos profissionais da educação, dos estudantes e das comunidades escolares.”