Dívida do itabirano nas lojas passa de R$ 10 milhões, informa CDL

CDL de Itabira: “a inadimplência atual é muito alta”

A inadimplência é a maior em oito anos e atinge 63,27 milhões de brasileiros. Itabira não fica fora dessa estatística. A ficha suja no comércio local acumula um prejuízo de R$ 10.742.072,73 aos empresários, segundo dados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
“Esse número que você está vendo aí (R$ 10.742.072,73) é só entre os associados da CDL, ou seja, é a inadimplência atual. É muito alta tá”, ressaltou a secretária executiva da entidade, Eline Moura.

No último mês de junho, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 8,70% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com base nos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em julho deste ano ficou acima da observada no mês anterior. Na passagem de junho para julho, o número de devedores cresceu 0,96%.

As projeções de especialistas não mostram um futuro melhor. A expectativa é de que o cenário de crescimento da inadimplência se mantenha. A inflação é o principal obstáculo para uma retomada segura da economia. Mesmo com a retomada do mercado de trabalho maior do que o esperado, as avaliações dos órgãos que representam o setor comercial como CDL e de proteção de crédito, Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), é de que a incerteza inflacionária aponta para um cenário ainda mais sombrio.

A notícia boa fica por conta da geração de empregos, que superou as expectativas do mercado, apesar da renda menor da população. A recomendação da CDL para o consumidor é evitar gastos desnecessários e ser criativo para conseguir renda extra.
O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 91 dias a um ano (36,19%).

O número de devedores com participação mais expressiva no Brasil em julho está na faixa etária de 30 a 39 anos (24,03%), e segue bem distribuída entre os sexos: 50,84% de mulheres e 49,16% de homens.

Matéria publicada na edição 767 do Folha Popular