Fica cada vez mais distante a possibilidade de greve dos caminhoneiros, anunciada para esta segunda-feira (1º de fevereiro).
O motivo principal seria a falta de organização e ausência de uma liderança, tendo em vista que a categoria tem vários representantes, divididos neste momento.
A possibilidade de paralisação devido, principalmente, ao valor do frete, fica ainda mais remota com a posição da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos (Abrava), que era a favor da greve, mudou de ideia.
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) também é contra a greve. Por meio de nota, o presidente da NTC se comprometeu a manter a atividade em todo o território nacional.
- Veja nota oficial:
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), entidade representativa do segmento empresarial do transporte rodoviário de cargas no país, em face das notícias de paralisação dos caminhoneiros a ser deflagrada em 01 de fevereiro próximo, vem manifestar sua posição frontalmente contrária a toda e qualquer paralisação dos serviços de transporte, considerado essencial para a garantia do abastecimento no País.
As empresas transportadoras, pela sua entidade de representação, manifestam ao povo brasileiro o seu compromisso em manter a atividade em todo o território nacional, esperando das autoridades federais e dos estados a adoção das medidas necessárias para impedir o bloqueio nas rodovias, assegurando que o abastecimento não será comprometido uma vez assegurada a livre circulação dos veículos transportadores nas rodovias.
A NTC coloca-se à disposição das autoridades para contribuir com a manutenção da regularidade das operações de transporte em todo o território nacional.
Respeitosamente,
- FRANCISCO PELUCIO
Presidente da NTC&Logística
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) também se posicionou contra a greve de caminhoneiros. “As transportadoras garantem o abastecimento do País”, diz o presidente da CNT, Vander Costa.
Bolsonaro diz que busca solução para alta do diesel
Em live feita na quinta-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a pedir que não haja greve de caminhoneiros. Segundo ele, “o governo está buscando maneiras para que o diesel não tenha mais reajuste”.
Nesta semana, a Petrobrás reajustou em 4,4% o preço do diesel nas refinarias. Ou seja, um novo aumento deve chegar às bombas dos postos em breve.
Reivindicações
A classe cobra o cumprimento da Lei 11.703 de 2018, que instituiu uma política nacional de valores mínimos de pagamento do frete, aposentadoria especial, redução do diesel entre outras reivindicações.