Deputados questionam atendimento público para Covid-19

Representantes do Estado relatam melhoria na assistência e testes; hospitais filantrópicos reclamam falta de repasses

Ao responderem questionamentos dos deputados sobre a estrutura da rede de atendimento hospitalar no Estado para o enfrentamento à Covid-19, representantes do governo estadual garantiram que é confortável a taxa de ocupação de leitos, que os testes da doença também foram ampliados e o tempo de resposta reduzido.

O debate foi durante Reunião Especial de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), realizada, de forma remota, nesta quarta-feira (13) e conduzida pelo presidente da Casa, deputado Agostinho Patrus (PV).

Em contraponto às informações do Executivo, os deputados ouviram queixas da presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais (Federassantas), Kátia Regina de Oliveira Rocha, sobre a falta de repasses de recursos do governo federal e das emendas parlamentares, aprovadas desde o ano passado.

Segundo o presidente da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), Fábio Baccheretti, a autarquia dispõe de 80 leitos de terapia intensiva, exclusivos para a Covid-19, com ocupação de 60%. Desses leitos, 44 estão em Belo Horizonte e 36 em hospitais regionais em Juiz de Fora (Zona da Mata), Patos de Minas (Alto Paranaíba) e Barbacena (Central). Outros 137 leitos de enfermaria também estão reservados para a pandemia.

Questionado pelo deputado Carlos Pimenta (PDT), que preside a Comissão de Saúde da ALMG, Baccheretti acrescentou que é possível ampliar esse número a qualquer momento, pois a rede tem pessoal e equipamentos. Em junho, o Hospital Eduardo de Menezes (HEM) terá 12 novos leitos e ainda um tomógrafo, equipamento importante no tratamento da Covid-19.

Numa segunda fase, de acordo com o presidente da Fhemig, 302 leitos de UTI podem ser abertos em toda a rede. E finalizadas obras emergenciais em andamento, o total poderia passar para 434.

Proteção – Vários deputados relataram denúncias de falta de equipamentos de proteção individual (EPI) para os servidores da Fhemig. Fábio Baccheretti garantiu que, até o momento, não faltou nenhum EPI. Mais de 15 milhões de unidades já foram compradas, e o controle de estoque é centralizado. Os cuidados com a saúde dos servidores também foram detalhados e incluem ambulatório exclusivo no HEM.

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