Sem investimentos na preservação de bens tombados, o Município perde repasse do ICMS Cultural, objetivo deixado de lado pelo atual governo
- PATRIMÔNIO CULTURAL ESQUECIDO
28/11/2023 – Depois de anos aguardando por reformas, a Prefeitura autorizou as obras de restauração da Maria Fumaça, na praça do Areão. Nos próximos meses, o arco e a locomotiva, que integram o conjunto Paisagístico e Arquitetônico de Itabira, serão recuperados.
De acordo com Elysa Mendes, diretora do Patrimônio Histórico e Cultural (DPHC) da Prefeitura de Itabira, não consta nenhuma documentação de quando a Maria Fumaça foi implantada na praça do Areão. “O que sabemos, através de relatos, é que sua última revitalização aconteceu em 2010, quando foi instalado o guarda-corpo de vidro em seu entorno. Devido a ato de vandalismo o guarda-corpo foi danificado e retirado em 2021”, explicou.
Sem reforma, Maria Fumaça deixa de render repasses para Itabira
Por causa do precário estado de conservação do monumento, vistorias foram realizadas e a DPHC constatou a necessidade de uma restauração metalográfica – recuperar peças metálicas danificadas ou desgastadas -, com mão de obra especializada. “Esse restauro é complexo, por isso encontramos muitas dificuldades para levantamento de orçamentos, elaboração de planilhas e especificidades do processo”, ressaltou Elysa Mendes.
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Para a execução das obras, o acesso à Maria Fumaça ficará restringido nos próximos meses. O monumento estará cercado até o fim dos trabalhos, por questões de segurança. A extensão da praça poderá ser acessada normalmente.
História
A Maria Fumaça é uma locomotiva a carvão, fabricada na década de 1940, que funcionou entre os anos 1945 e 1960. Ela foi uma das primeiras a transportar o minério de ferro de Itabira para o Porto de Tubarão, no Espírito Santo.
O monumento é um bem tombado pelo município, conforme o Decreto nº 2050/1998, reconhecido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) de Minas Gerais para pontuação e captação dos recursos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS Cultural), mas para isso, o bem deve estar preservado, objetivo deixado de lado pelo governo Marco Antônio Lage nos últimos anos.
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