Curso Boas Práticas qualifica mais 28 pessoas

Qualificação necessária para expedição do alvará sanitário

Entre os dias 20 e 28 de agosto, o Sindicato Rural de Itabira e o SENAR-MG (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) qualificaram 28 pessoas ligadas as atividades no campo com aulas teóricas e práticas sob responsabilidade da instrutora Catarina Braga. O grupo foi dividido em duas turmas, pela manhã com 16 alunos, e outros 12 no período da tarde. A carga horária atingiu 32 horas-aula, exigência do SIM (Serviço de Inspeção Municipal) e da vigilância sanitária para expedição do alvará, documento que permite aos produtores a fabricação e venda dos itens para consumo.

“É um curso voltado à implantação das boas práticas, dentro da economia familiar. Para quem produz e comercializa vários gêneros, produtos de origem animal como vegetal, para vender em feiras e no comércio local. É uma das exigências para se obter o selo da vigilância sanitária e do serviço de inspeção. É um curso muito teórico e base para qualquer pessoa que manipula alimentos. Foi montado pelo SENAR para atender ao produtor da agricultura familiar. Muitos são da zona rural, e tentamos fazer atividades práticas e em grupo para melhor difusão do conhecimento, ” disse a Catarina Braga, instrutora do SENAR-MG.

Durante a qualificação os alunos do curso “Trabalhador Artesanal na Produção e Conservação de Alimentos, Boas Práticas na Agricultura Familiar,” percorreram duas propriedades que atuam na agricultura de subsistência, para orientações práticas. Uma na zona urbana, a produção do presidente da Associação dos Feirantes de Itabira, Geraldo Magela no bairro Fênix em Itabira, e a agroindústria “Quitandas do Quilombo,” instalada na localidade rural Morro Santo Antônio.

“A gente conversa e esclarece dúvidas dos alunos. Detalhamos o conteúdo que é bem abrangente, com foco na potabilidade da água, saúde e segurança do manipulador dos alimentos, higienização do local, principalmente nos utensílios usados e equipamentos, além do controle de pragas. Nas aulas práticas visitamos duas agroindústrias. Um uma delas em anexo à casa do produtor que comercializa na feira de Itabira alimentos prontos como tropeiro, arroz, ovos, churrasco de frango e pasteis. A equipe faz o pré preparo no local em uma área organizada com freezer e bancada de granito.

Fizemos uma orientação sobre a higienização completa, inclusive no uniforme, hábito de lavar constantemente a mão e a limpeza de itens de hortifruti, como folhas de leguminosas que são servidos crus. Também o uso de desinfetantes permitidos pela lei,” explicou Catarina.

Para oferecer alimentos seguros, as regras de higiene tem que ser seguidas a risca. Assim como no transporte, em porções, que mantenham a qualidade, chegando em boas condições de consumo para o cliente, no sabor e na segurança alimentar. Na zona rural houve algumas peculiaridades.

“A gente observou o tratamento de água por ser na zona rural. Água de poço artesiano é a fonte. Ela passa por filtro e um clorador. Depois é feita análise físico-químico e microbiológica. A estrutura da agroindústria foi observada, assim como os materiais usados, depois fizemos uma higienização completa focando as etapas de pré limpeza e limpeza, desinfecção e armazenamentos dos utensílios de maneira adequada, ” explicou a instrutora na visita na agroindústria de quitandas.

Para o aluno Christoferson Morais, o “Tofinho” foi uma ótima oportunidade de agregar conhecimento. “Primeiramente gostaria de parabenizar ao Sindicato Rural de Itabira pela oportunidade de participar do curso, que nos forneceu inteiramente grátis com profissionais extremamente qualificados, nos passando o conhecimento de forma simples e objetiva, acompanhados de ótimo material didático e excelentes acomodações.

Aprendemos a ter um olhar mais crítico com ralação a manipulação e higiene dos alimentos, tanto para fins comerciais ou para casa. Aprendemos como minimizar o risco das bactérias causadoras da tão famosa infecção intestinal. Aprendemos também quais são as exigências básicas que qualquer instalação no ramo alimentício deve ter para obter um produto de qualidade e sem risco a saúde. Aprendemos como obter o SIM, para que chegue ao processo final de fabricação com as devidas condições para o consumidor final. Hoje trabalho e sobrevivo da Feira Livre de Itabira e pretendo levar o curso de boas práticas para o que comercializo: temperos e condimentos em geral, além do dia-a-dia no lar,” destacou o aluno.