Copasa fica mais perto de ser privatizada e petista critica

Na Reunião de Plenário, também foram abordados a violência contra a mulher e os benefícios da Lei Aldir Blanc

A possível privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), que acumula críticas devido a qualidade dos serviços, esteve no centro das discussões do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na Reunião Ordinária desta quarta-feira (16). Dos quatro deputados que se pronunciaram, três abordaram integral ou parcialmente o tema. Violência contra a mulher e os benefícios da Lei Aldir Blanc foram outros assuntos tratados.

O deputado Betão (PT) condenou a intenção do governador Romeu Zema de privatizar a companhia. Ele afirmou que a empresa é uma das maiores do setor de saneamento do Brasil e apresentou números oficiais. A estatal atende 641 dos 853 municípios mineiros com abastecimento de água e 311 dessas cidades também com serviço de esgoto. Oferece água tratada para 11,4 milhões de pessoas e esgoto a 8 milhões de habitantes, atingindo 55% da população do Estado.

O deputado informou que, no ano passado, a empresa apresentou um lucro de R$ 754 milhões e prevê investimentos, aprovados por acionistas, de R$ 850 milhões neste ano. Até 2024, os investimentos deverão somar R$ 5 bilhões.

Ele lamentou que os investimentos da empresa estão atrasados e apenas R$ 149 milhões foram realizados no primeiro semestre. “O Zema quer repartir dividendos e não realizar investimentos em todo o Estado, que gerariam mais empregos locais e ajudariam a diminuir os impactos da crise”, disse Betão.

O deputado também mencionou dados oficiais, segundo os quais o governador estaria mantendo em caixa R$ 15,6 bilhões e deixando de quitar compromissos nas áreas de saúde e educação, além de atrasar o pagamento dos salários do funcionalismo.