Comércio reage com otimismo para vendas do período natalino

Lojas de brinquedos estão entre as preferidas no período natalino

A poucos dias do Natal, o comércio itabirano está otimista para as vendas no período, considerado o mais importante para o setor terciário. Após um período de prejuízos por conta da pandemia de coronavírus, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apresentados pelo Sebrae mostram que o comércio chega ao último mês do ano com saldo positivo de 198 novos empregos.

Conforme a pesquisa encontrada no site do Caged, até setembro, foram admitidos 2.658 e desligados 2.460 trabalhadores.

Na Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agropecuária de Itabira (Acita), o saldo positivo é de 660 empregos. Foram admitidos até setembro 1.901 e desligados 1.241.
O crescimento de empregos reflete a reação de consumo. “A pandemia está tranquila. Praticamente não está nem falando nisso mais. […o comércio] teve reforço sim, não está igual no ano passado. Já teve reforço e está melhor do que no ano passado”, afirmou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Maurício Henrique Martins, lembrando que no ano passado estava vivendo um momento de incerteza, torcendo para conseguir chegar o Natal. Com medo de ter que fechar.

Maurício Martins não quis arriscar falar em números, mas confirma o crescimento e prevê sua continuidade com a proximidade do Natal. Segundo observou, muitos lojistas já contrataram e tem aqueles que estão só aguardando o clímax das vendas para fazer suas contratações. “A gente está sem margem para falar em percentual. Eu tenho certeza que teremos um crescimento bom em relação ao ano passado. Quando chega nos últimos dias é que vai perceber isso. As pessoas sempre deixam pra última hora. O dia 23 costuma ser pior do que 24 para se ter uma ideia”.

Os setores de brinquedos, calçados e confecções e serviços são os que mais crescem no período, de acordo com o representante da classe. Mas no caso de Itabira, a indústria também vai bem, graças às obras em execução pela Vale. O saldo positivo da indústria é um reator na propulsão do comércio. Entretanto, se for comparar com anos anteriores à pandemia, o crescimento ainda está aquém, conforme avalia Maurício Martins.

Apesar de não ter uma estimativa em números, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Maurício Henrique Martins, trabalha com a expectativa de comércio muito movimentado na última semana que antecede o Natal. Uma decoração mais alegre de Natal, ele defende ser primordial para incrementar as vendas. “As pessoas ficam mais alegres e motivadas com o clima natalino”, observa, ele.
O valor afetivo da data é outra aposta de Maurício Martins no aquecimento das vendas, bem como o abrandamento da pandemia e a concretização da vacinação. Ele destaca que o Natal impacta de forma muito considerável as empresas varejistas. “Mesmo quem não está planejando presentear, com a aproximação da data, tende a correr para as compras. Mas isso é tradição do brasileiro deixar para comprar tudo na última hora”, disse, apostando num movimento maior no dia 23 de dezembro.

Matéria publicada na edição impressa 748 do Folha Popular