Bombeiros passam sufoco para atender temporada das queimadas em Itabira

Batalhão opera apenas com uma equipe para atender a cidade e microrregião

17/07/2024 – Com a estiagem associada a baixa umidade do tempo castigando, o Corpo de Bombeiros Militar de Itabira está passando sufoco para dar conta das ocorrências na cidade. A corporação militar está operando com apenas uma equipe de plantão para atender todo tipo de chamada. Há caso de precisar atender até quatro chamadas, somente dentro da cidade, simultaneamente, como ocorreu na noite da quinta-feira (11), com incêndios no Água Fresca, Bela Vista, Praia e outro não informado. A única ajuda recebida é da Brigada de Incêndio da Vale, que atende exclusivamente em ocorrências registradas em suas áreas.

Apesar do comandante da corporação, tenente Jocélio de Souza, afirmar que a situação está sob controle e de que a abertura de pelotões dos bombeiros nas cidades vizinhas, São Gonçalo do Rio Abaixo e João Monlevade ter desafogado Itabira, a população tem observado e sofrido com a quantidade de focos de incêndios por toda a cidade.

“Estamos com apenas uma equipe atendendo por plantão, mas o pelotão de São Gonçalo e de João Monlevade agora dividem a área de atuação Itabira. Com isso, estamos controlando bem os trabalhos”, afirmou o comandante que está saindo de férias.

Segundo o oficial, mesmo com o período de seca intensa, os registros estão sendo mantidos em números equivalentes aos registrados nos últimos anos. No ano passado foram 129 focos do final de abril a junho.

A temporada geralmente começa no final de abril, com tendência a aumentar vertiginosamente até o final de setembro.

Parte do controle estatístico é atribuída a um intenso trabalho de fiscalização durante esta época do ano, que visa coibir as queimadas urbanas nas cidades. A maioria dos registros ocorre principalmente entre os meses de julho e setembro, que são considerados os mais críticos em relação ao período de estiagem e a baixa umidade associada ao calor intenso.

Na maioria das vezes, os incêndios são provocados pela ação humana. Pessoas que utilizam a ação do fogo para a limpeza de terrenos e/ou pastagens. Os bombeiros explicam que cabe ao homem, portanto, os cuidados para se evitar o problema. Mas ele indica que a população também pode contribuir para frear esse crime ambiental. Se ver alguém colocando fogo no mato ou colocando uma vegetação em risco, deve ligar para o telefone 181. A ligação é anônima.

Como medidas preventivas aos incêndios, o Corpo de Bombeiros militar recomenda:

  • A capina de terrenos deve ser sem uso do fogo.
  • Não jogar lixo na natureza.
  • Redobrar os cuidados ao realizar acampamentos na hora de acender fogueiras, velas e lampiões. Só acender as fogueiras após limpar bem o local, retirando completamente a vegetação em volta.
  • Não solte balões, além de perigoso é crime conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9605/98). O balão pode cair aceso em florestas, residências e indústrias, produzindo grandes prejuízos patrimoniais, ameaça ao meio ambiente e até mesmo colocando a integridade física e a vida das pessoas em risco.
  • Nos casos em que não seja possível evitar o surgimento do fogo, acionar o Corpo de Bombeiros Militar pelo fone 193, permanecer calmo e identificar-se, informando o endereço correto e pelo menos um ponto de referência aguardando na linha até que todas as informações sejam registradas.